Evangelho (Lc 17, 7-10)
Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: “Vem depressa para a mesa?”
Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: “Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?”
Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: “Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer”.
Comentário
No Evangelho de hoje, o Senhor nos mostra um caminho mais profundo de conhecimento próprio: saber que estamos para servir. A chamada universal à santidade consiste em nos identificarmos com Cristo, e não devemos esquecer que “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir”[1].
Se tivermos consciência de que estamos para servir, quando o dia chegar ao fim e virmos que ajudamos e estivemos disponíveis para as necessidades dos outros, podemos concluir como o que Jesus nos diz “Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer”.
Ser cristão significa aprender do Senhor, tentando seguir o Seu exemplo, e Ele vai à nossa frente, ensinando-nos o serviço. Depois de lavar os pés dos doze, Ele diz “Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós (...). Já que sabeis disso, sereis felizes se o puserdes em prática”[2].
O exemplo de Jesus pode nos iluminar para entender a vida como serviço, vivo para amar, e amar é servir. Podemos imitar o Senhor e servir em mil detalhes concretos que tornam agradável a vida das pessoas com que convivemos ou trabalhamos. Desde a realização cuidadosa e detalhada do nosso trabalho profissional até rezar pelas pessoas que precisam da nossa oração. Se entendermos a vida desta maneira, seremos felizes, com uma nova felicidade que enche nosso coração.
[1] Mt 20, 28.
[2] Jo 13, 15-17.