Quanto maior fores, mais te deves humilhar, e acharás graças diante do Senhor. Se formos humildes, Deus nunca nos abandonará. Ele humilha a altivez do soberbo, mas salva os humildes. Ele livra o inocente, que pela pureza de suas mãos será resgatado. A infinita misericórdia do Senhor não tarda a vir em socorro de quem o chama da sua humildade. E então atua como quem é: como Deus onipotente. Ainda que haja muitos perigos, ainda que a alma pareça acossada, ainda que se encontre cercada por todos os lados pelos inimigos da sua salvação, não perecerá. E isto não é apenas uma tradição de outros tempos: continua a acontecer agora.
(...) Nós, sem portentos espetaculares, com a normalidade de uma vida cristã corrente, com uma semeadura de paz e de alegria, temos que destruir também muitos ídolos: o da incompreensão, o da injustiça, o da ignorância, o da pretensa suficiência humana que vira com arrogância as costas a Deus.
Não vos assusteis, não temais nenhum mal, ainda que as circunstâncias em que trabalhais sejam terríveis, piores que as de Daniel na fossa, com aqueles animais vorazes. As mãos de Deus são igualmente poderosas e, se for necessário, farão maravilhas. (Amigos de Deus, 104-105)