“Deus os chama a servi-Lo em e a partir das tarefas civis”

O mundo nos espera. Sim! Amamos apaixonadamente este mundo porque Deus assim no-lo ensinou: "Sic Deus dilexit mundum..." - tanto amou Deus o mundo -; e porque é o lugar do nosso campo de batalha - uma formossíssima guerra de caridade -, para que todos alcancemos a paz que Cristo veio instaurar. (Sulco, 290)

Tenho-o ensinado constantemente com palavras da Escritura Santa: o mundo não é ruim, porque saiu das mão de Deus, porque é criatura dEle, porque Javé olhou para ele e viu que era bom (Cfr. Gên, I, 7 e ss.). Nós, os homens, é que o fazemos ruim e feio, com nossos pecados e nossas infidelidades. Não duvidem, meus filhos; qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é para os homens e mulheres do mundo coisa oposta à vontade de Deus.

Pelo contrário, devem compreender agora - com uma nova clareza - que Deus os chama a servi-Lo em e a partir das tarefas civis, materiais, seculares da vida humana. Deus nos espera cada dia: no laboratório, na sala de operações de um hospital, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no seio do lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Não esqueçamos nunca: há algo de santo, de divino, escondido nas situações mais comuns, algo que a cada um de nós compete descobrir. (...).

Não há outro caminho, meus filhos: ou sabemos encontrar o Senhor em nossa vida de todos os dias, ou não O encontraremos nunca. Por isso, posso afirmar que nossa época precisa devolver à matéria e às situações aparentemente mais vulgares seu nobre e original sentido: pondo-as ao serviço do Reino de Deus, espiritualizando-as, fazendo delas meio e ocasião para o nosso encontro contínuo com Jesus Cristo.(Questões Atuais do Cristianismo, 114).

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