50 anos pintando passam rapidamente, tanto quanto a vida... Nesse período realizei mais de 600 retratos.
Nasci na Cidade do México, numa família de tradição artística. Graças ao apoio de meus pais e a minha inclinação para a pintura, pude ter aulas com grandes mestres: Orellana e Bardasano.
Casei-me em 1955. Logo no início, Pepe – meu marido – manifestou uma doença cardíaca que paulatinamente foi limitando as suas atividades. Isso me obrigou a compaginar a dedicação doméstica com a pintura profissional. Tivemos sete filhos.
Dentro dessa situação difícil, nos anos 70, conheci o Opus Dei. Desde então, os ensinamentos do seu Fundador – agora São Josemaria – iluminaram a minha vida e a de toda a minha família.
Sempre mantive o ateliê de pintura em minha casa, o que me permitiu atender aos meus e trabalhar executando retratos. Meus filhos educaram-se neste espaço onde livros de arte podem ser folheados, quem quiser pode recortar, modelar, construir,... num ambiente cordial, com luz adequada, ordem, limpeza e um profundo respeito à liberdade pessoal. Cresceram em talento e virtudes, aprendendo a santificar o trabalho de cada dia, tratando de realizá-lo com a maior perfeição possível para oferecê-lo a Deus.
Sou membro da American Society of Portrait Artists e da Sociedad Mexicana de Acuarelistas e obtive reconhecimentos e prêmios importantes. No entanto minha maior alegria é que meus sete filhos têm uma vida limpa diante de Deus.
Quatro das minhas filhas são supernumerárias do Opus Dei, assim como eu, e os demais são Cooperadores da Obra e, obviamente, da Igreja inteira. Todos manuseiam os pincéis com maior ou menor destreza e procuram transmitir a seus filhos – meus 18 netos! – o amor à Beleza e a busca da Verdade.