Qual é a fórmula para uma vida feliz? Alcançar o sonho da estabilidade financeira? Uma carreira marcada pelo crescimento e pela realização? Um lar acolhedor e seguro? Alguns dizem que os antigos alquimistas procuravam a pedra filosofal, uma substância mítica capaz de transformar metais comuns em ouro ou, em outras versões, um elixir de longa vida, útil para rejuvenescer e alcançar a imortalidade.
À primeira vista, a biografia de Guadalupe Ortiz de Landázuri não tem nada a ver com a descoberta da pedra filosofal e talvez não seja o modelo de uma vida de grandes sucessos aos nossos olhos de hoje. No entanto, se observarmos mais de perto o seu dia a dia, encontramos “moléculas” que resultaram numa verdadeira fórmula para a felicidade: uma mulher que viveu cada dia com a confiança de ter como mentor o melhor Mestre, que transformou a sua própria vida e a de muitas pessoas, e que continua a fazer isso atualmente lá do Céu.
Quando o homem pisou pela primeira vez na Lua, ouvimos: “Este é um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade”. A vida de Guadalupe poderia ser traduzida em algo semelhante: pequenos passos na vida comum de uma mulher trabalhadora do século XX, um grande salto para tantas vidas que se cruzaram com a sua, e que continuará a acontecer ao longo da história.
Uma normalidade fora do comum
Guadalupe nasceu em 12 de dezembro de 1916, festa da Padroeira da América Latina, Nossa Senhora de Guadalupe. Era a terceira filha do casamento formado por Manuel Ortiz de Landázuri e Eulógia Fernández de Heredia, e a única menina da família. Recebeu como DNA de seus pais várias características que contribuiriam para o desenvolvimento de sua personalidade. Sua mãe, Eulógia, era generosa, discreta, austera, decidida e dedicada à família, embora pouco habilidosa nas tarefas domésticas. Seu pai, Manuel, contrariamente aos costumes da época, ainda mais por ser militar de profissão, cuidava dos filhos: trocava fraldas, alimentava-os, brincava com eles e servia os pratos durante as refeições para que sua esposa pudesse descansar. Os dois souberam educar os filhos em um ambiente de liberdade[1].
Embora fosse de uma família normal da Espanha do início do século XX, a história de Guadalupe foi marcada por alguns marcos que fogem do roteiro da maioria das pessoas: seu pai se mudou com a família para Tetuán, então capital do protetorado espanhol do Marrocos. Lá, Guadalupe começou o ensino médio, sendo a única menina da turma. O cenário poderia ser intimidante, mas ela logo conquistou o respeito e a admiração de seus colegas, não apenas por suas boas notas, mas por sua coragem ao cumprir apostas arriscadas e perigosas, como na vez em que os desafiou a beber um recipiente cheio de tinta, o que só ela conseguiu.
De volta a Madri, onde seu pai foi designado para o Ministério do Exército, Guadalupe concluiu o ensino médio no instituto Miguel de Cervantes e matriculou-se no curso de Química na Universidade Central, em 1933. Aos 17 anos, ela era uma das 5 meninas entre 60 alunos matriculados. Aos 20 anos, começou a sair com um colega de Química de origem catalã, mas não tinha pressa em se casar e, além disso, o rapaz era muito perfeccionista. Ela dizia às suas amigas: “Tão perfeito, tão perfeito, é demais!”.
O desejo de saber
Uma das verdadeiras paixões de um cientista é o seu anseio por descobrir a verdade escondida por trás de cada elemento. Onde alguns veem uma árvore, um biólogo vê uma complexa rede de células, cada uma com sua função, e um químico pode ficar fascinado pelas reações que acontecem ali, invisíveis aos olhos. Guadalupe possuía essa paixão, não apenas pelo mundo da ciência, mas por sua própria vida.
No final da Guerra Civil na Espanha, durante a qual seu pai foi fuzilado, Guadalupe terminou a faculdade e começou seu primeiro trabalho no Liceu Francês e no Colégio das Irlandesas. Ela tinha 23 anos, morava com a mãe e começava a desfrutar de certa independência. Num domingo de janeiro de 1944, assistia à missa, como qualquer cristã comum, e até se distraiu bastante. No entanto, contava que, naqueles momentos, algo lhe aconteceu; mais tarde, disse que se sentiu tocada pela graça de Deus. Ao sair, encontrou um amigo da família e lhe confidenciou que precisava falar com um padre, embora não soubesse muito bem por quê. Ele lhe deu o telefone de Josemaria Escrivá. No dia 25 de janeiro, Guadalupe ligou para ele e, dias depois, foi a uma casa na rua Jorge Manrique para conversar com ele.
Ela mesma conta como foi seu primeiro encontro com aquele sacerdote: “A entrevista foi decisiva na minha vida, em uma pequena casa na Colônia del Viso, na época, um pouco fora de Madri. (...) Sentamos e ele me perguntou: ‘O que você quer de mim?’. Eu respondi, sem saber por quê: ‘Acho que tenho vocação’. O Padre me olhava... ‘Isso eu não posso te dizer. Se você quiser, posso ser seu diretor espiritual, confessar, conhecer você etc.’. Era exatamente isso que eu procurava. Tive a clara sensação de que Deus me falava através daquele sacerdote”[2].
Começou assim um processo de discernimento e, ao final de um retiro espiritual, encontrou a resposta que inconscientemente procurava. Descobriu a mensagem do Opus Dei e a chamada a levar Cristo, com a própria vida, a todos os lugares e profissões, com o qual se identificou plenamente. Em 19 de março, festa de São José, decidiu entregar-se a Deus na Obra como numerária.
Sem manual de instruções
Todo cientista sabe que qualquer pesquisa é marcada por muitos momentos de erros e poucos acertos, frequentemente sem um manual de instruções. Isso não deve desanimar, mas servir de convite para experimentar novas soluções e buscar possíveis respostas, mesmo que o processo seja lento. Guadalupe experimentou isso muitas vezes em sua vida: quando parecia que deveria se ocupar de uma tarefa que não era aquela a que aspirava inicialmente, ou se mudar para novos lugares onde a Obra precisava de braços.
Desde o primeiro momento, Guadalupe se dedicou com entusiasmo e empenho a todas as necessidades da Obra, formativas e apostólicas, também às tarefas domésticas para as quais não tinha grandes aptidões naturais, assim como sua mãe. Era esquecida e tinha dificuldade em manter as suas coisas e as da casa em ordem. Mesmo assim, São Josemaria pediu-lhe que se ocupasse da direção da casa da rua Jorge Manrique, além de conciliar viagens apostólicas a Bilbao, onde também começaria o trabalho da Obra com outras três mulheres.
De volta a Madri em 1947, o fundador pediu-lhe que ajudasse no governo da Obra na Espanha e que dirigisse a residência universitária feminina Zurbarán. Isso não a impediu de se matricular, no mesmo ano, em cinco disciplinas para o doutorado em Ciências Químicas. No ano seguinte, realizou os quatro cursos monográficos necessários para o doutorado e começou a tese.
O caminho, no entanto, teria outro destino inesperado: em outubro de 1949, perguntaram-lhe, em nome de São Josemaria, se estaria disposta a iniciar o trabalho apostólico no México com outras duas mulheres da Obra. Seria a primeira vez que o Opus Dei cruzaria o Atlântico e chegaria a um país não europeu, numa época em que as viagens longas não eram frequentes. Confiando na graça de Deus, Guadalupe disse que sim e escreveu ao Padre: “Contaram-me sobre o México. Obrigada, Padre. Como o senhor sabe, eu ficaria muito feliz mesmo que não fosse, mas adoro ir, embora na verdade não pare muito para pensar nisso. Apenas na oração dedico-lhe todos os dias um tempinho e rezo um terço à Nossa Senhora de Guadalupe, pedindo-lhe por aquilo que ainda nem conheço”[3].
Em 5 de março de 1950, embarcou na nova aventura. Anos mais tarde, lembrava: “Eu era a mais velha, embora fosse muito jovem, mas sentia aqueles 80 anos de gravidade que tantas vezes ouvi o Padre dizer que pedíssemos a Deus porque precisávamos deles (...). Assim, o Padre nos ensinou a viver a confiança em Deus e a pobreza total. Levávamos, como o Padre continuava dizendo enquanto eu pensava, amor ao Senhor... e desejos de contagiar a loucura divina de nossa vocação”[4]. Ao pisar em solo mexicano, Guadalupe se esforçou ao máximo para viver como uma mexicana: procurava conhecer a cultura, suavizava sua pronúncia em espanhol — que podia soar dura para as mexicanas — e adotava expressões típicas do lugar, chegando até a mudar seu estilo de vestir, usando os típicos xales ou saias rodadas pintadas à mão.
Abrindo caminhos
Os escassos recursos econômicos não impediram a criação de uma residência universitária na rua Copenhague, na Cidade do México, da qual Guadalupe foi diretora, assim como havia sido em Zurbarán, na Espanha. Se lá o desenvolvimento da vida acadêmica entre as mulheres ganhava impulso, no país americano acentuava-se ainda mais a pequena presença feminina nos círculos universitários.
Guadalupe matriculou-se em algumas disciplinas do doutorado em Ciências Químicas para continuar a desenvolver a sua carreira, ao mesmo tempo que dedicava o seu tempo a formar as moças da residência, que se caracterizava por uma vida cultural e formativa intensa, alternada com momentos agradáveis e divertidos. Seu senso de humor estava muito presente, a ponto de as residentes comporem uma canção mexicana com o seguinte refrão: “O riso de Guadalupe é mais contagiante do que uma doença grave. Ela está atenta a tudo e todos os dias quer telefonar para todo mundo”[5].
Viveu cinco anos na Cidade do México, marcados por episódios de todos os tipos: desde andar de mula por zonas rurais (lhe ofereceram uma pistola para se defender, mas ela preferiu levar um punhal para não atirar sem necessidade), até sofrer uma picada de aranha ou escorpião enquanto dava uma palestra de formação cristã. Mesmo tendo sido um período breve, Guadalupe deixou sua marca nas mexicanas e no país.
Em outubro de 1956, partiu novamente para um destino desconhecido, desta vez Roma, onde colaboraria com São Josemaria no governo dos trabalhos apostólicos da Obra em todo o mundo. O Opus Dei se expandia para novos países como Chile, Argentina, Colômbia, Venezuela, Alemanha, Guatemala, Peru, Equador, Uruguai e Suíça. Depois de abrir caminho no México, era hora de apoiar as caminhantes nos bastidores, contribuindo com tudo o que havia aprendido no continente americano.
Ajuste de rota
Como em qualquer projeto de pesquisa, Guadalupe teve que mudar seus planos ao se deparar com um panorama inesperado: depois de menos de um ano morando em Roma, em março de 1957, ela se sentiu mal repentinamente e ficava exausta com pequenos esforços físicos, como subir alguns degraus. Foi diagnosticada com uma grave estenose mitral, consequência de uma cardiopatia, e seu estado era tão crítico que São Josemaria preparou tudo para lhe dar a Unção dos Enfermos.
Com os cuidados médicos e atendimentos, ela foi se recuperando, mas era preciso operá-la o mais rápido possível. A pedido de seu irmão Eduardo, Guadalupe se mudou para Madri para ser operada na Clínica de la Concepción, em 19 de julho. Era uma intervenção de grande risco na época, mas a troca da válvula foi satisfatória, assim como o pós-operatório, embora ela tenha ficado com fibrilação atrial, que foi diminuindo aos poucos. Permanecia tranquila e confiante em Deus e nos médicos[6].
Voltou a Roma em dezembro, mas no dia 29 desse mês ficou doente novamente. Em maio de 1958, voltou a Madri para fazer exames e, dessa vez, ficou morando lá definitivamente: o clima úmido da Cidade Eterna não era bom para sua saúde e o Padre achou melhor que ela ficasse na capital espanhola. Nos dois anos e meio seguintes, apesar da fibrilação que a acompanhava, ela desempenhou uma vida ativa, sem dar muita importância ao assunto. “Estou muito bem e, embora tenha um ‘coração fraco como uma batata’, a cada dia tenho mais vontade de trabalhar e fazer coisas; não tem jeito, eu sou assim”, escreveu às de Roma. E às de México: “Já vou parar de falar do meu coração, porque o coitado está tão bem que não precisamos mais nos lembrar dele”[7].
A mudança repentina de vida poderia parecer um desvio do caminho, mas Guadalupe abraçou sua realidade com o entusiasmo e o espírito de serviço que a caracterizavam. Em 1961, ela dirigia uma residência da Obra, acompanhava de perto as jovens da Escola-Lar Montelar e trabalhava em sua tese de doutorado, que retomou sob a orientação de Piedad de la Cierva, pioneira nos estudos de radiação artificial na Espanha e na industrialização do vidro óptico, e a primeira mulher a trabalhar no Conselho Superior de Pesquisas Científicas. Muitas vezes, teve que escrever doente, com todos os livros sobre a cama[8].
Para frente, sem medo
Guadalupe defendeu sua tese sobre Refratários isolantes em cinzas de casca de arroz, e obteve a nota máxima, em 8 de junho de 1965. No dia seguinte, escreveu a São Josemaria e, junto com uma cópia da tese, enviou-lhe um tijolo refratário. Na primeira folha da cópia, escreveu: “Padre, nestas páginas está o resumo de muitas horas de trabalho. Há poucos instantes, foi classificado com nota máxima e quero rapidamente colocá-lo em suas mãos, com tudo o que sou e tenho, para que seja útil”[9].
Exerceu como professora de Química no instituto Ramiro de Maeztu durante dois anos letivos (1960-62) e na Escola Feminina de Mestrado Industrial durante mais 11 anos (1964-75). Começou a trabalhar como professora adjunta e mais tarde obteve o cargo de professora catedrática por concurso. Foi nomeada vice-diretora deste último centro, depois de recusar o cargo de diretora por motivos de saúde, apesar de 40 colegas, que reconheciam o seu trabalho e capacidades, a encorajarem a aceitá-lo.
A partir de 1965, ajudou a planejar e implementar, três anos depois, o Centro de Estudos e Pesquisas de Ciências Domésticas (CEICID), um sonho de São Josemaria para dignificar o trabalho doméstico, do qual foi vice-diretora e professora de Química Têxtil. Guadalupe também conciliou seu trabalho com a direção de um centro da Obra na rua Ortega y Gasset; o cuidado de sua mãe, já idosa; a assessoria a centros de ensino como Senara e outras tarefas de promoção social.
Como um caleidoscópio
Os últimos anos da vida de Guadalupe foram marcados pela sua coragem e simplicidade.
Em 15 de maio de 1974, ela teve seu último encontro com São Josemaria em Madri, que ela mesma descreve assim: “Foi um momento de conversa íntima, com um diálogo profundo feito de palavras e compreensão mútua, onde mais uma vez percebi que as fronteiras entre o que o Padre dizia e o que eu pensava se rompiam, e senti, como outras vezes, que tocava Deus através de sua fé tangível, que deixava de ser isso e se transformava em realidade e me era transmitida”[10].
Em outubro de 1974, sua mãe adoeceu e foi internada na Clínica da Universidade de Navarra, em Pamplona, onde seu filho Eduardo fazia parte da equipe médica. No ano seguinte, o estado de saúde crônico de Guadalupe se deteriorou e, em 2 de junho de 1975, ela foi internada na mesma clínica para se submeter a uma cirurgia complexa, devido à grave hipertensão no círculo pulmonar que sofria[11].
Em 24 de junho, os médicos decidiram realizar uma cirurgia de grande complexidade. Era necessário substituir duas válvulas, a mitral e a aórtica, além de alargar o anel da tricúspide. Durante esses dias, embora Guadalupe permanecesse em repouso, ela encontrava tempo para visitar sua mãe e outras pacientes, interessar-se pelas enfermeiras, receber visitas às quais tentava aproximar de Deus e até mesmo realizar experimentos com produtos químicos na pia do banheiro, usando retalhos de tecidos que havia levado consigo. Pode-se dizer que ela transformava sua doença em um trabalho profissional, enfrentando sua situação com serenidade, sem lamentações, evitando ser um fardo e focando nos outros enquanto aproveitava ao máximo cada momento[12].
Dois dias depois, em 26 de junho, recebia com grande tristeza a notícia do falecimento de São Josemaria. Em seu entorno, a dor, a surpresa e a tristeza eram muito grandes, mas procuraram disfarçar para não perturbá-la em um momento tão delicado. Quando viu a bandeira a meio mastro no prédio de Ciências da Universidade de Navarra (da qual o fundador era grande chanceler), Guadalupe perguntou o motivo, mas não se atreveram a contar o que havia acontecido. Foi seu irmão Eduardo quem lhe deu a notícia: “Guadalupe! Você sabe que vai passar por uma operação muito séria e está ciente do risco que corre. É importante que você esteja preparada e serena. Mas antes devo lhe dar uma notícia que será muito difícil para você: ontem nosso Padre faleceu em Roma (...). Duas coisas podem acontecer: você se reunir com ele imediatamente e vê-lo ao lado de Deus e da Virgem, ou que o Padre peça a Deus que você continue aqui: os dois caminhos são bons”[13].
Em 1º de julho, passou por uma nova intervenção, que pareceu ser um sucesso. Poucos dias depois, saiu da UTI e começou a andar. No dia 14 de julho, Guadalupe tomou café da manhã e almoçou normalmente, e já se falava em sua alta da clínica. No entanto, tudo mudou inesperadamente às quatro e meia da tarde, quando seu estado de saúde piorou repentinamente. Eduardo foi imediatamente avisado.
Apesar dos esforços e cuidados que lhe foram prestados, ela entrou em agonia e, mesmo nos momentos finais, continuou demonstrando preocupação com aqueles que a atendiam. Maria Jesus, uma enfermeira do Serviço de Cardiologia, lembrou-se das palavras que Guadalupe lhe dirigiu naquele momento difícil: “Façam tudo o que tiverem que fazer e não se preocupem. Fique muito tranquila, porque você fez o que podia. Vou me lembrar muito de você”[14].
Às seis e meia da manhã do dia 16, festa de Nossa Senhora do Carmo, ela faleceu. Uma semana depois, sua mãe também faleceu. A Igreja beatificou Guadalupe em Madri, em 18 de maio de 2019, no Palácio Vistalegre Arena, em uma cerimônia que contou com a presença de milhares de pessoas dos cinco continentes e acompanhada por muitas outras na transmissão ao vivo”[15].
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O resultado de muitos processos químicos é a formação de cristais, como os diamantes, após milhões de anos de composição, submetidos a condições específicas de temperatura e pressão. A vida de Guadalupe foi um “processo químico” no qual intervieram uma série de pequenos ingredientes que formaram uma cadeia de materiais aparentemente de pouco valor, mas que adquiriram solidez e brilho ao calor do amor de Deus.
Conforme consta em uma de suas biografias, “cada pessoa santa reflete à sua maneira, como um caleidoscópio, algo de Jesus Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e sempre. De alguma forma, ela também mostra o que a mulher é chamada a ser hoje na Igreja e na sociedade. Esta é a mensagem que o Espírito Santo nos dá hoje. Agora cabe a cada um de nós “discernir o seu próprio caminho e trazer à luz o melhor de si mesmo, aquilo de tão pessoal que Deus colocou nele” (Papa Francisco, Gaudete et exsultate, p. 11).
Um cristal precisa de luz externa para refletir todo o seu brilho. Ao longo de sua vida, Guadalupe soube mostrar a beleza que se encontra nos pequenos gestos, refletindo a grandeza de Deus e trazendo luz para a vida de cada pessoa que a conheceu.
[1] Cf La libertad de amar, Cristina Abad Cadenas, p. 10.
[2] La libertad de amar, p.14
[3] AGP, Guadalupe Ortiz de Landázuri (GOL) A00361, Carta a São Josemaría Escrivá, 17 de outubro de 1949.
[4] AGP, GOL E00204, Relato autógrafo com lembranças de São Josemaria Escrivá, escrito entre 7 e 12 de julho de 1975, depois da última operação.
[5] Cfr. La libertad de amar, p. 25.
[6] Cfr. La libertad de amar, p. 31.
[7] AGP, GOL A00979, Carta a Roma, 12 de agosto de 1958.
[8] Cf La libertad de amar, p. 32.
[9] AGP, GOL A00038, Carta a São Josemaria Escrivá, 8 de julho de 1965.
[10] AGP, GOL, Relato autógrafo com lembranças de São Josemaria escrito entre 7 e 12 de julho de 1975, depois de sua última operação.
[11] Cf La libertad de amar, p. 36.
[12] Cfr La libertad de amar, p. 38.
[13] AGP, GOL, Relato autógrafo com recordações de São Josemaria escrito entre 7 e 12 de julho de 1975, depois de sua última operação.
[14] Cf La libertad de amar, p. 39
[15] Em La libertad de amar, p. 42.