“Ser santo é tarefa de todo cristão”, diz Bento XVI

Por ocasião da Solenidade de Todos os Santos, o Santo Padre destacou que a santidade não é uma tarefa reservada apenas aos cristãos, mas a todos os homens.

Ao recordar que no início do Cristianismo “os membros da Igreja eram chamados «os santos»”, o Santo Padre afirmou "com efeito, o cristão é santo, porque o Batismo o une a Jesus e a seu Mistério Pascal, mas, ao mesmo tempo, deve chegar a sê-lo identificando-se com Ele mais intimamente".

“Às vezes, costuma-se pensar – disse o Papa – que a santidade é uma condição de privilégio reservado a uns poucos escolhidos. Na realidade, ser santo é tarefa de todo cristão, de todo homem!”

Explicando tal afirmação, Sua Santidade citou a epístola aos Efésios de São Paulo, retomando a frase em que afirma “Deus sempre nos abençoou e nos escolheu em Cristo para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença, no amor”.

“Todos os seres humanos são, portanto, chamados à santidade. Em última instância, a santidade consiste em viver como filhos de Deus, na “semelhança” com Ele, segundo a qual foram criados. Todos os seres humanos são filhos de Deus e todos devem chegar a ser aquilo que são, mediante o exigente caminho da liberdade”.

Mais adiante fez notar como com “sabedoria, a Igreja pôs em estreita sucessão a festa de Todos os Santos com a Comemoração de todos os fiéis defuntos. A nossa oração de louvor a Deus e de veneração aos espíritos bem-aventurados, une-se à oração de sufrágio por aqueles que nos precederam na passagem deste mundo à vida eterna”.

Finalmente, o Pontífice recordou que “no centro da assembléia dos Santos, resplandece a Virgem Maria, “humilde e a mais alta criatura”. Pondo nossa mão na Sua, sentimo-nos animados a caminhar com mais força pelo caminho da santidade. A Ela confiamos nosso compromisso cotidiano e Lhe pedimos também por nossos entes queridos falecidos, na íntima esperança de nos encontrar algum dia, todos juntos, na comunhão gloriosa dos Santos”.