Obrigado por conversar comigo!

Uma vez chamei um Uber para me levar para casa, de Westlands para Madaraka.

Imagem: Viktor Bystrov via Unsplash

Quando o Uber chegou, sentei-me no lugar da frente, como sempre faço, e quando partimos, comecei a conversar com o motorista. Perguntei-lhe pela família, como eram… O que fazia antes de começar a trabalhar com o Uber? E assim durante os 15 minutos da viagem.

Quando chegamos ao meu destino, o motorista disse-me: “Muito obrigado por ter conversado comigo! Raras vezes isso acontece … Na verdade, ainda ninguém tinha falado comigo hoje! Já ganhei o dia! Realmente, já ganhei o dia! Muito obrigado por isso!”
Eram 10h da noite. E surpreendeu-me como uma coisa tão simples e natural podia ter tanta importância para alguém!
Também comecei a perceber que acontece a mesma coisa com os meus doentes. A minha atitude vai determinar quanto posso fazer por eles… Trata-se da perspectiva… Quando alguém entra no meu consultório, qual é a primeira coisa que lhe digo? Pode ser uma senhora de idade com artrite e fala tanto que provavelmente a consulta vai demorar uma hora, ou mais de meia-hora... Ou aquele pobre rapaz que me vem pedir dinheiro... Aprendi que o modo como encaro as pessoas vai determinar uma série de coisas, incluindo o contato humano que todos naturalmente procuram. Aquele toque humano que o Papa Francisco ao longo do seu pontificado tem nos encorajado a ter para com aqueles que encontramos no nosso dia a dia: em casa, no escritório, na escola, quando viajamos, etc.