27 sacerdotes de 14 países

No último sábado, 22 de maio, Mons. Gänswein ordenou 27 sacerdotes do Opus Dei de 14 países na Basílica de Sant’Eugenio em Roma. Para Mons. Gänswein, “a expressão mais bela para descrever a tarefa de um sacerdote é ‘o homem que abençoa’.

Mons. Georg Gänswein, Prefeito da Casa Pontifícia e Secretário de Bento XVI, ordenou 27 sacerdotes da Prelazia do Opus Dei na Basílica de Santo Eugênio em Roma. O Prelado do Opus Dei, Mons. Fernando Ocáriz, participou na cerimônia, e impôs as mãos aos novos sacerdotes depois do bispo consagrante.

Devido às medidas para conter a pandemia, apenas alguns familiares dos novos sacerdotes e um pequeno número de fiéis foram autorizados a participar, mas a ordenação foi transmitida em direto pelo link www.opusdei.org/live.

Na sua homilia, o arcebispo Georg Gänswein exortou os novos sacerdotes a “permanecerem em Cristo”. “Numa altura em que se fala tanto em ser ‘progressistas’, pede-se a vocês que permaneçam em Cristo”.

“Ninguém se faz sacerdote. O sacerdote está vinculado pelo mandato de conduzir as pessoas a Jesus Cristo, de as encorajar a viverem n’Ele e na Sua Palavra”, disse-lhes.

Para Monsenhor Gänswein, “a expressão mais bela para descrever a tarefa de um sacerdote é ‘o homem que abençoa’. Pode abençoar a partir do Senhor. E esta tarefa implica colocar a própria vida sob o mistério da Cruz, com coragem e humildade”.

O sacerdote “não é simplesmente o representante de uma instituição que desempenha algumas funções”, acrescentou, mas “faz algo que nenhum homem pode fazer sozinho, em nome de Cristo”. Neste sentido “ser sacerdote não é uma função, mas um sacramento”. Deus “serve-se de um pobre homem para estar com todos os homens e para trabalhar em Seu nome”.

“É uma pena quando um sacerdote ou um bispo não proclama o Evangelho com força e integridade, mas profere as suas opiniões ou ideias”, disse.

O bispo consagrante terminou a sua homilia confiando os 27 novos sacerdotes a Nossa Senhora: “Permanecei perto da Mãe toda a vossa vida: sob o seu manto sereis protegidos porque vos encontrareis à sombra de Cristo, à luz da Ressurreição. Estando perto da Mãe de Deus, vocês estão no lugar certo”.

No final da cerimônia, Mons. Fernando Ocáriz expressou a sua gratidão pela presença de Mons. Georg Gänswein, “o que nos leva imediatamente a pensar no Santo Padre, a quem desejamos apoiar com as nossas orações. E dirigiu-se às famílias dos novos sacerdotes: “A todos digo obrigado, por terem colaborado com Deus para fazer germinar nos seus filhos a vocação ao sacerdócio. A nossa gratidão”, acrescentou, “vai de uma forma especial a São Josemaria, cujos filhos são estes novos sacerdotes, para que ele os guie do céu na vossa missão de servir todas as almas”.

Os novos sacerdotes

Entre os novos sacerdotes está Fadi Sarraf, 49 anos. Nascido em Damasco, Síria, foi para o Canadá aos 17 anos para estudar engenharia na Universidade McGill. Conheceu o Opus Dei em 1989, quando um colega de turma o convidou a visitar o Centro de Estudos de Riverview, uma residência de estudantes perto do campus universitário. Sarraf diz que, além de uma atitude de serviço, outra característica de um sacerdote é a abertura: “O sacerdote está para ajudar a todos”, explica. “É o exemplo que Jesus Cristo dá no Evangelho. É por isso que a mensagem do sacerdote, a mensagem cristã, não é apenas para uns poucos, mas para todos. O sacerdote deve acolher todas as pessoas e fazer com que qualquer pessoa com quem entre em contato possa descobrir o amor de Deus e queira retribuir esse amor”.

Outro dos novos sacerdotes é Mariano Almela, natural de Vallecas, Madri. Mariano recorda que foi em Vallecas que Dom Álvaro del Portillo foi atingido na cabeça quando dava aulas de catecismo às crianças da zona nos anos 30. “Graças a Deus as coisas mudaram e muitas pessoas em Vallecas estão hoje rezando por mim. Compreendo que preciso muito dessas orações, porque ser sacerdote significa colocar-se à disposição de todos para caminhar juntos para Deus, que é Aquele que nos dá felicidade”. Durante os seus anos em Itália, conjugou os seus estudos de teologia na Pontifícia Universidade da Santa Cruz com a formação de jovens em Nápoles.

Entre os novos sacerdotes há vários africanos, como Casimir Kouassi da Costa do Marfim, que estudou contabilidade e economia e trabalhou numa empresa de consultoria no seu país. Está agora terminando os seus estudos em Ciências Sagradas com uma tese sobre Liturgia. Em relação à juventude do seu continente, afirma: “Fico muito feliz ao pensar que, como sacerdote, com a graça de Deus, darei esperança e alegria a muitas pessoas em África e no meu país”.

Outro dos novos sacerdotes é o nigeriano Obilor Ugwulali cujo nome significa “acalmar o coração”. O seu avô morreu no mesmo dia que ele nasceu, por isso os seus pais disseram-lhe que ele tinha vindo ao mundo para acalmar os seus corações. Originário de Afikpo, Obilor estudou contabilidade na filial Enugu da Universidade da Nigéria. Trabalhou durante alguns anos antes de ir para Pamplona, Espanha, para estudar teologia na Universidade de Navarra. Atualmente está fazendo o seu doutorado sobre “A contribuição de Ratzinger/Bento XVI para a especificidade da moral cristã” na Universidade Pontifícia da Santa Cruz. Quer viver segundo o seu nome: acalmar os corações das pessoas que irá encontrar no seu novo ministério.

José I. Mir é de Palma de Mallorca (Espanha). É o veterano dos ordenandos aos 57 anos de idade. Depois de estudar filosofia e teologia na Universidade de Navarra, trabalhou durante 20 anos como diretor de duas escolas em Pamplona e San Sebastian. Há dez anos, mudou-se para a Romênia para promover o início do trabalho apostólico da Prelazia do Opus Dei naquele país. Aí trabalhou como vendedor em várias empresas e coordenou a construção de uma residência de estudantes em Bucareste. “O sacerdócio”, explica, “não é um reconhecimento de nada, mas sim uma oportunidade incomparável de dedicar toda a sua vida ao serviço de Deus e dos outros”.

Josemaría Mayora, um sacerdote mexicano, pede orações “para que todos os sacerdotes saibam ser mediadores entre Deus e os homens”. Nasceu na Cidade do México, e desde a infância viveu em Guadalajara, México. Antes de se mudar para Roma para estudar teologia na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, estudou engenharia industrial na Universidade Pan-Americana. Durante 10 anos, trabalhou como professor e diretor no Liceo Del Valle.

Vytautas Saladis, da Lituânia, tem 30 anos e estudou Direito na Universidade de Vilnius. Trabalhou durante alguns anos num escritório de advocacia. Agora está terminando a sua licenciatura em Direito Canônico em Roma. É o primeiro sacerdote do Opus Dei na Lituânia, onde a Prelazia começou o trabalho apostólico estável em 1994.

Pablo Alvarez nasceu em Gran Canaria, Espanha. Diz que no dia 23 de maio, o dia seguinte à sua ordenação sacerdotal, celebrará o seu aniversário com o maior presente possível: Celebrar a Missa! Confirma que está ansioso por contribuir para a felicidade das pessoas através dos sacramentos, da pregação da Palavra e do acompanhamento espiritual. Considera um dom ter vivido durante algum tempo no Líbano: “Os meus anos no Oriente Médio, trabalhando com refugiados da guerra síria, abriu-me os olhos para um mundo ferido que só pode ser curado quando colocamos Deus no centro. Agora sinto-me como alguém que está prestes a saltar de um avião com um paraquedas. Deus tem uma aventura maravilhosa à nossa espera, cheia de trabalho para as almas. Contamos com as orações de todos para sermos os sacerdotes santos que Deus deseja de nós”.

Os sacerdotes recém ordenados são provenientes da Alemanha, Romênia, Brasil, Canadá, Inglaterra, Costa do Marfim, Eslováquia, Espanha, Japão, Quênia, México, Lituânia. Nigéria e Peru.