Publicado um livro sobre a história do Opus Dei

Os historiadores José Luis González Gullón e John F. Coverdale publicaram “Historia del Opus Dei”. Em setecentas páginas, o livro percorre os principais acontecimentos desde a sua fundação em 1928 até hoje.

· Informações sobre o livro no site da Editora Rialp

“Historia del Opus Dei” é uma pesquisa que abrange as nove décadas de existência desta instituição, de 1928 a 2016. Um breve epílogo descreve os principais acontecimentos até 2021. A versão em espanhol foi publicada por Ediciones Rialp (Madri); a versão em inglês - “Opus Dei: A History” - será publicada em breve pela Scepter Publishers (Nova York).

O objetivo desta monografia é analisar a difusão da mensagem do Opus Dei na Igreja e na sociedade através da instituição e das pessoas que pertencem a ela ou que participam de seus apostolados: em 700 páginas, os autores narram a gênese e o desenvolvimento do Opus Dei, seu caminho jurídico, a difusão da sua espiritualidade e a evolução das suas iniciativas apostólicas, sob a orientação do fundador e de seus dois primeiros sucessores, Álvaro del Portillo e Javier Echevarría. Os autores aplicaram uma metodologia histórica e tiveram acesso ao arquivo da Prelazia; também realizaram mais de duzentas entrevistas a mulheres e homens do Opus Dei, assim como a outras pessoas.

Dois historiadores, uma visão complementar

Como explica o historiador José Luis González Gullón, “a ideia de escrever esta história surgiu quando eu estava preparando algumas aulas que dei em 2016 na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma. Mais tarde, o historiador John F. Coverdale uniu-se ao projeto e dedicamos cinco anos a pesquisar sobre esta instituição da Igreja”.

Sobre o trabalho conjunto de dois historiadores de culturas e continentes diferentes, González Gullón diz que foi muito enriquecedor: “Coverdale é um acadêmico com ampla experiência na história da Europa e dos Estados Unidos no século 20. O trabalho conjunto ajudou a incorporar pontos de vista diferentes e, às vezes, contrários”.

José Luis González Gullón (esquerda) e John F. Coverdale.

“O leitor”, continua, “tem em suas mãos, pela primeira vez, uma síntese dos grandes acontecimentos que configuraram o Opus Dei, desde a sua fundação até os dias de hoje”, mas reconhece que “não pretendemos esgotar o tema. Estou convencido de que no futuro haverá outras histórias do Opus Dei com abordagens e enfoques diferentes”.

“Ao narrar a história do Opus Dei”, afirmam os autores, “contamos qual é a identidade dos seus membros, com seus acertos e limitações ao longo do tempo. Também é nova a proposta de cronologia e o estudo dos últimos cinquenta anos, um campo no qual ninguém havia se aventurado até agora. Outro objetivo central do nosso trabalho foi averiguar a irradiação desta mensagem ao longo do tempo”.

“Tentamos contar a história como foi, mostrando todos os fatos relevantes, tanto os sucessos quanto os fracassos. Por exemplo, retomamos as controvérsias em torno da beatificação do fundador, ou várias acusações de suposto elitismo ou segredo. Parece-nos que a análise desses conflitos também contribui a normalizar os estudos sobre qualquer instituição da Igreja”.

Em relação à abordagem, González Gullón explica que “John Coverdale e eu pertencemos à Obra e, sem dúvida, o livro reflete a nossa compreensão sobre o futuro de uma instituição à qual dedicamos nossas vidas e que é nossa família. Ao mesmo tempo, nos esforçamos para ser rigorosos em nosso uso da metodologia histórica. Penso que, assim como um historiador católico pode analisar rigorosamente a Igreja ou uma instituição em particular, também nós podemos aplicar nossos esforços de pesquisa ao estudo do Opus Dei. Tivemos a alegria de receber o comentário de um historiador profissional que, depois de ler o rascunho, disse que não o considerava uma hagiografia, apesar de ser evidente a nossa estima aos homens e mulheres que fizeram a Obra e, em primeiro lugar, ao seu fundador”.