Geladeira solidária

Uma iniciativa que surgiu para ajudar pessoas carentes que não têm o que comer e ao mesmo tempo conscientizar aquelas que têm muito e desperdiçam alimentos que poderiam matar a fome de outros. Assim começou e tem se multiplicado a ideia da “Geladeira Solidária”.

Voluntária da FASC com alimentos a serem dioados

Em Campinas, Zita Krammer implantou esta iniciativa. Trata-se de uma geladeira colocada próxima a uma oficina, que voluntariamente se encarregava de zelar por ela.

O objetivo é que as pessoas levem pratos preparados e embalados, com a data de validade visível, deixando-os na Geladeira para que qualquer pessoa que precise possa pegá-los, sem constrangimento e sem ter que pagar por eles. Um prato de forno, uma carne assada, o clássico arroz e feijão brasileiros; tudo pode ser colocado na geladeira, ficando à disposição de quem necessite.

Uma Cooperadora da FASC do Centro Cultural Altavila, descobriu essa iniciativa social e convidou outras pessoas que frequentam o Centro Cultural para colaborarem, conseguindo formar um bom grupo, que começou a atuar no primeiro semestre de 2021.

A pandemia do COVID-19 aumentou consideravelmente o número de pessoas que retiravam alimentos e com isso surgiu a ideia de montar uma distribuição de gêneros sem preparo, inclusive para garantir as regras sanitárias exigidas.

A proposta se estendeu rapidamente entre as amigas e já nos primeiros meses foram entregues aproximadamente 400 Kg de alimentos in natura. E hoje é um dos maiores doadores do projeto.

Pensando numa continuidade, colocamos um apelo no Instagram: “Este mês conseguimos quase meia tonelada. Ajude-nos a chegar a mais!

As mulheres envolvidas nesta ação não deixam passar detalhes de carinho, de sentido de solidariedade, que são expressados nos bilhetes colocados na porta da geladeira, chamados “Alimento Espiritual”: frases com ditos populares, pequenas mensagens da Bíblia, todas escritas com capricho. Desde “Bom apetite!”, até “Hoje eu recebi, um dia quero doar”.

As frases estão sendo colocadas tanto pelos doadores, quanto pelos usuários, constituindo uma boa distração que ameniza o trabalho que dá cuidar da iniciativa e a busca dos necessitados, que se sentem valorizados e participantes de uma iniciativa comunitária.

Não faltou um bilhete inesperado, junto a uma cesta com 20 kg de arroz, alguns pacotes de biscoito e latas de molho de tomate:

“Há meses que recebo da Geladeira Solidária. Este mês minha filha conseguiu um emprego e quisemos fazer a nossa colaboração também...”

Com o passar dos meses e a pandemia se alongando, cresceu também o número de pessoas que colaboram com a Geladeira Solidária, chegando a mais famílias atendidas.

Se quer saber mais informações sobre a "Geladeira Solidária",  veja @geladeirasolidariacampinas.