São Josemaria nos ensinou a termos doutrina de teólogos e piedade de crianças. Suas palavras, fielmente traduzidas na sua vida, me encorajaram a espalhar a mensagem cristã por vários recantos da terra.

Mas... Como transmitir as verdades de fé para muitas pessoas e, ao mesmo tempo, ficar em casa com minha família? Tenho oito filhos.

Cheguei à resposta aos poucos. Quando meus primeiros filhos eram recém nascidos, enquanto dormiam a sesta, escrevi o primeiro livro: "Falo de Deus para meus filhos". Mais tarde, seguindo o ritmo alegre de uma família numerosa, fui publicando outros títulos.

Escrever livros é uma tarefa eminentemente flexível. Nem é preciso cumprir um horário rigoroso. É compatível com reuniões na escola dos filhos, com visitas a parentes e amigos, e poder estar em casa em horários mais convenientes. Você não precisa de um escritório. Basta ter um simples computador para a fase final. Levo um caderno na bolsa e, quando viajo de trem, sentada na sala de espera do médico ou no silêncio da biblioteca pública local, enquanto meus filhos estão na escola, na faculdade ou no trabalho, vou dando forma literária ao texto que tenho entre mãos.

Recentemente, comecei escrever romances para crianças onde o mistério e a aventura tem como fundo um cenário cristão: os personagens rezam, vão à Missa aos domingos, se esforçam por praticar as virtudes humanas e fazem um uso adequado da moderna tecnologia: TV, internet, etc.

Ao mesmo tempo, tento fazer com que as histórias sejam o mais divertido possível. Se não, quem vai lê-las? Desta forma, posso chegar a muitas pessoas.

Às vezes, custa escrever. Não é fácil entrelaçar essas mensagens transcendentes com uma trama, que seja bela e divertida. Mas o legado de São Josemaria, que considerava uma paixão dominante difundir a doutrina cristã, é a luz e o motor que possibilita ser apreciada a mensagem da fé entre as páginas de um conto de mistério, de forma natural e atraente.