Em julho do ano passado, durante um encontro com famílias em Filipinas, o Prelado do Opus Dei, Monsenhor Fernando Ocáriz, recordou um conselho de São Josemaria para pessoas que querem crescer em generosidade: “O que é preciso para conseguir a felicidade, não é uma vida cômoda, mas um coração enamorado” (Sulco, 795).
Jennifer tinha acabado de perguntar como cuidar dos necessitados. Ela contou ao Prelado sobre sua recente visita à Escola Nacional das Filipinas para Cegos, (Philippine National School for the Blind – PNSB), na cidade de Pasay, com 40 amigas, professoras, funcionários e jovens do Centro Linang e da Escola Punlaan. O Centro Linang é um centro do Opus Dei na cidade de Quezon, e Punlaan School é uma instituição de ensino técnico em San Juan, inspirada nos ensinamentos de São Josemaria. O PSB é uma instituição de ensino para jovens em idade escolar com deficiência visual, e os estudantes vivem em residências no campus.
Jenifer e as demais voluntárias levaram itens de necessidade básica: escovas de dentes, pastas de dentes, xampu, sabonetes e sacos de arroz para os estudantes que vivem nas residências universitárias. Mas elas notaram que as crianças ficavam mais gratas por terem uma companhia do que pelas doações.
Uma aluna disse que eles gostavam da visita porque eles raramente interagiam com pessoas de fora da escola. Foi bom sentir que alguém se interessava neles, ouvia suas histórias de vida, perguntava sobre seus hobbies, talentos e planos futuros.
“Dava para ver a alegria em seus olhos ao contarem suas histórias, sobre como encontram e superam situações enquanto vivem a juventude”, lembra Francine, uma das voluntárias. “Eles precisam de pessoas que possam fazê-los se sentir especiais sem fazer com que se sintam diferentes dos demais”.
Os estudantes gostam de ouvir os voluntários descreverem a aparência e sentimentos do mundo fora da escola. “Eles precisam de pessoas dispostas a se sentar ao seu lado e passar um tempo ouvindo suas histórias e contando sobre pessoas que superaram dificuldades na vida, apesar de terem deficiências”, disse Francine.
Princess Geraldine, outra voluntária, recorda uma conversa com uma das alunas. Princess lhe perguntou, “Qual é seu sonho?” E a menina respondeu, “Quero ser professora. Mesmo sendo cega, quero dizer a quem quer que seja meu aluno, que a cegueira ou qualquer outra deficiência, não é um obstáculo para realizar sonhos. Só é necessário que se acredite em suas próprias capacidades.”
“Me senti tocada,” disse Princess. “Estas alunas com deficiência visual têm tamanha capacidade de vislumbrar seus futuros e motivação para persegui-los!”
As voluntárias experimentaram antecipadamente a verdade que o Prelado do Opus Dei disse à Jennifer na Arena MOA: amar e servir os outros nos traz alegria.