“A unidade – disse o Papa – é um dom de Deus e fruto da ação de seu Espírito. Por isso, é importante rezar. Quanto mais nos aproximamos de Cristo, convertendo-nos ao seu amor, mais nos aproximamos também uns dos outros".
Bento XVI lembrou que o tema deste ano eram as palavras do Evangelho de São Marcos: “Fazer os surdos escutarem e os mudos falarem", e explicou que esta frase, “pondo de relevo dois aspectos da missão de toda comunidade cristã – o anúncio do Evangelho e o testemunho da caridade –, sublinha também a importancia de traduzir a mensagem de Cristo em iniciativas concretas de solidariedade. Assim, o caminho da unidade é favorecido, porque se pode dizer que a doação, por pequena que seja, que ofereçam os cristãos para aliviar o sofrimento do próximo, contribui também para tornar sua comunhão mais visível".
“O caminho da unidade dos cristãos é certamente longo e difícil, contudo não se pode desanimar, deve-se seguir percorrendo-o, contando com a ajuda de Cristo", disse o Santo Padre, acrescentando depois que ao longo dos anos havia notado durante seus encontros com os representantes das igrejas e comunidades eclesiásticas e “de forma comovedora no encontro com o patriarca ecumênico Bartolomeu I em Istambul, quanto se sente o desejo de unidade. (...) Esta experiência e outras similares dilataram a esperança em meu coração".
O Papa recordou também que naquele dia (quarta-feira), se celebrava em alguns países a Jornada de reflexão judeu-cristã, e citou alguns momentos auges da relação “de amizade recíproca" entre ambas comunidades, como o Concílio Vaticano II e a visita de João Paulo II à sinagoga de Roma em abril de 1986.
A semana de oração pela unidade dos cristãos concluirá no dia 25 de janeiro com as vésperas presididas pelo Santo Padre na basílica de São Paulo Extramuros e nas que participarão representantes de outras igrejas e comunidades cristãs presentes em Roma.