“A luz da Ressurreição”. Homilias de Bento XVI na Vigília Pascal

Hoje, o 95º aniversário de Bento XVI, e aniversário de seu batismo - também foi em um Sábado Santo - publicamos este e-book com uma compilação das homilias que ele pronunciou na Vigília Pascal durante seus anos de pontificado; sete, no total, de 2006 a 2012, retiradas do site do Vaticano.

Libro electrónico con la recopilación de las homilías que Benedicto XVI pronunció en la Vigilia Pascual durante sus años de pontificado; siete, en total, de 2006 a 2012, tomadas de la web del Vaticano.

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Estas páginas são uma compilação das homilias que Bento XVI proferiu na Vigília Pascal durante os anos de seu pontificado; sete ao todo, de 2006 a 2012, tiradas do site do Vaticano (www.vatican.va). A única adição refere-se ao título que acompanha cada homilia, que de certa forma tenta dar uma ideia de seu conteúdo; só uma ideia, porque um assunto tão rico não pode ser resumido em um enunciado breve, quase jornalístico.

Sete. São poucos..., podemos pensar ao nos aproximarmos deste livro; certamente, diremos quando terminarmos ..., mas são substanciais, cheios de sabedoria teológica e de conhecimentos catequéticos. Lendo-os, é fácil concluir que o Papa nestes escritos, se me permitem expressar desta forma, apostou tudo, sabendo o que o cristão – e o cristianismo, como um verdadeiro encontro e comunhão de vida com o Ressuscitado – está em jogo neste artigo do Credo, fundamento de nossa fé em Jesus Cristo e auge da História da salvação.

Com a Ressurreição do Senhor Jesus no terceiro dia, todas as Escrituras fazem sentido, como Ele mesmo explicou aos discípulos de Emaús (cf. Lc 24,13-35); o acontecimento da cruz assume todo o seu significado; a teologia do domingo decola: “O domingo, o primeiro dia da semana, apoia-se diretamente em outra fórmula cronológica do Novo Testamento que foi recebida no credo da Igreja: ‘ressurgiu ao terceiro dia, segundo as Escrituras’ (1 Cor 15,4). A tradição primitiva tomou nota do terceiro dia e assim preservou a memória do túmulo vazio e das aparições do Ressuscitado. Ao mesmo tempo lembra – e, portanto, acrescenta ‘segundo as Escrituras’ – que o terceiro dia era o dia anunciado pelas Escrituras, ou seja, pelo Antigo Testamento, para este evento básico da história mundial, ou, mais precisamente, não da história mundial, mas da saída dela, da saída da história da morte e mortalidade, e o início e o nascimento de uma nova vida” (J. Ratzinger, Un canto nuevo para el Señor, 76-77).

Com estas premissas, não é fácil sintetizar o conteúdo destas homilias em poucas palavras, nem vou tentar fazê-lo. Gostaria apenas de sublinhar dois aspectos que me parecem de particular importância. O primeiro é que estes sete textos são joias vibrantes da homilética, que adornam a Noite Santa, mãe de todas as auroras, onde a escuridão dá lugar ao brilho, a escravidão à libertação, a tristeza à alegria, o pecado à glória, a morte à vida, o silêncio ao aleluia.

O segundo é que, enquanto o Catecismo da Igreja Católica aborda a verdade da Ressurreição de Jesus a partir de uma perspectiva bastante doutrinária (Artigo 5, Parágrafo 2: “No terceiro dia ele ressuscitou dos mortos”, nn. 638-655, dentro do segundo capítulo, “Creio em Jesus Cristo, Filho único de Deus”), Bento XVI aborda a questão de um ponto de vista existencial-catequético, por um lado, aderindo à vida dos cristãos e, por outro, inspirando-se nas fontes de nossa tradição: o batismo como nova vida em Cristo, a explicação dos símbolos usados na Vigília Pascal, e também perguntas como por exemplo, “O que significa ressuscitar?

É por isso que penso que o título que demos ao livro, A Luz da Ressurreição. Homilias na Vigília Pascal, encaixa bem e abrange os vários temas abordados pelo Papa. Pois o próprio Jesus Cristo é a Luz que ilumina todos os homens; e, do mesmo modo, todo cristão é chamado a ser luz para os outros, pois, como diz um conhecido escritor medieval, “não existe o corpo sem a cabeça nem a cabeça sem o corpo; nem Cristo total, cabeça e corpo, sem Deus” (Bem-aventurado Isaac, abade do Mosteiro de Stella, Leitura Patrística da Liturgia das Horas, sexta-feira V da Páscoa). Ou, com a força da poesia de um autor contemporâneo: “Filhos de Deus. Portadores da única chama capaz de iluminar os caminhos terrenos das almas, do único fulgor em que nunca se poderão dar escuridões, penumbras ou sombras. O Senhor serve-se de nós como tochas, para que essa luz ilumine... De nós depende que muitos não permaneçam em trevas, mas andem por caminhos que levam até à vida eterna” (São Josemaria Escrivá, Forja, n. 1).

José Manuel Martín Q.