Todos os participantes nesta formação são cooperadores ou amigos da Obra, que frequentam as suas atividades. Existem recolhimentos que, tanto o Padre Vicente, assistente eclesiástico da Prelazia em Angola e até há poucos meses Reitor da Universidade Católica de Luanda, como o Padre Sérgio, prior da paróquia de Santa Maria Goretti, da capital angolana, asseguram todos os meses. Algumas vezes, foi possível contar com a presença real, e não meramente virtual, de um sacerdote da Prelazia, vindo de Lisboa para este efeito.
Graças às generosas dimensões da sala de conferências de uma escola, foi possível contar com 87 participantes neste recolhimento: que é também um desafio e uma responsabilidade. Com efeito, importa agora manter o contato com estas pessoas e garantir a continuidade da sua formação.
Foi muito comovedor ver como todas, rezando a oração a São Josemaria, pediram a Deus sabedoria e discernimento, para que, cada uma, saiba converter todos os momentos e circunstâncias da sua vida em ocasião de amar e servir, com simplicidade e alegria, a Igreja e o Santo Padre. Claro que, no ânimo de todos, estava também a petição para que seja possível, em breve, o começo do trabalho apostólico estável da Obra em Angola, um país africano com grande tradição cristã.
De uma forma ou outra, há já muitos anos que pessoas da Obra passam por Angola e aproveitam a sua estadia nesta terra para darem a conhecer o espírito do Opus Dei. Antes da independência, algumas pessoas da Obra fizeram aqui o seu serviço militar. Já depois mantiveram-se alguns contatos, sobretudo desde que o Carlos, que conheceu a Obra em Portugal teve que regressar, por motivos familiares e profissionais, à sua terra. Desde então, tem sido ele o principal responsável pelas atividades de formação que se organizam em Luanda, com a ajuda que recebe de Lisboa e dos cooperadores e amigos da capital angolana.
Desde 2018, os recolhimentos para profissionais têm sido habituais, graças à disponibilidade do Padre Vicente e do Padre Sérgio. Como ambos têm alguma facilidade para ir a Portugal, onde o Padre Sérgio participou recentemente de um retiro para sacerdotes e amigos da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, conseguem manter um contato mais assíduo com pessoas do Opus Dei. Desta forma, não só beneficiam pessoalmente da formação do Opus Dei, como também podem transmitir a outros o que recebem. O público é já bastante numeroso e variado e muitos destes nossos amigos já são cooperadores, e sentem a Obra como própria.
Este ano, para assinalar mais de dez anos de atividades regulares do Opus Dei no nosso país, decidimos realizar um ambicioso programa: dar a conhecer a vida de Jesus Cristo no âmbito da família e do trabalho, em Nazaré, segundo os ensinamentos de São Josemaria Escrivá. Deste modo, queremos propor o ideal evangélico e do Concílio Vaticano II da santidade no meio do mundo, bem como o direito-dever ao apostolado de todos na Igreja.
Este programa prevê uma conferência sobre a Concordata entre a Santa Sé e o nosso país, que se realizará na Universidade Católica de Angola. Além de questões de índole jurídico-civil e canônicas, também se abordarão questões mais práticas, como a regulação civil e canônica do matrimônio em Angola segundo o regime concordatário, a matéria fiscal e ainda o modelo de gestão das instituições católicas e do seu patrimônio, também segundo a Concordata.
Para encerrar, com chave de ouro, as celebrações, além de várias sessões sobre a santificação do trabalho nas dioceses angolanas de Viana, Caxito e Luanda, o Senhor Núncio Apostólico, no dia 26 de junho, festa do fundador do Opus Dei, presidirá à celebração eucarística de São Josemaria, na catedral de Luanda. Seguir-se-á um jantar, organizado pelas famílias que cooperam com a Obra em Angola, em que o Arcebispo de Luanda fará uma intervenção sobre o papel e missão dos leigos no mundo e na Igreja.
Quem quiser conhecer a proposta de formação do Opus Dei em Angola, pode contatar com Carlos Hilário (+244 923 858 956) ou enviar um e-mail para info.pt@opusdei.org.