20 anos em Hong Kong

Em 2006, completam-se 20 anos do início do trabalho apostólico do Opus Dei em Hong Kong. Por isso, divulgamos os testemunhos de Mario Au e Gary Chu: duas pessoas que encontraram a fé graças à amizade com fiéis do Opus Dei.

Mercado ao ar livre em Hong Kong

Mário Au  :

Um açougueiro chinês

que descobriu Deus

num mercado

de Hong Kong. 

Mario Au é um açougueiro chinês que trabalha no mercado de Sai Wan Ho, um bairro da periferia de Hong Kong. Uma rede de televisão italiana pediu-lhe que contasse a sua experiência num programa sobre o Opus Dei. Au falou da sua vida familiar em Tue Mun, sobre o seu trabalho no mercado e o seu encontro com Deus graças a um amigo do Opus Dei que lhe deu a conhecer a beleza da fé, ensinando-lhe o Catecismo e acompanhando a trajetória da sua conversão até o Batismo. 

“Passo o meu dia cortando e vendendo carne — contava Au — e agora, graças aos meus amigos do Opus Dei, compreendi que posso oferecer este meu trabalho de açougueiro a Deus. E embora continue fazendo as mesmas coisas de sempre – cortar, picar, vender... –, procuro fazê-las cda vez melhor, com mais entusiasmo. 

“O mesmo se dá na minha relação com os meus clientes, mulheres na sua maioria. Antes, limitava-me a dar-lhes o preço e pronto; agora, ainda que esteja cansando ou aborrecido, esforço-me por sorrir e por fazer algum comentário animador. 

A vida em Hong Kong acaba sendo dura e cansativa para a maioria dos chineses, e isso acaba influenciando nas nossas relações familiares. Eu costumava a ficar nervoso com a primeira dificuldade que me aparecia e a minha mulher também era a primeira a sofrer as consequências... 

Hoje em dia, estou crescendo em serenidade. Além do mais, consigo dedicar mais tempo à minha família. Meu momento favorito é o meio-dia, quando vou almoçar com a minha mulher, e conversamos um pouco sobre as nossas coisas. Também dedico o domingo à Missa e ao descanso. 

Estou verdadeiramente feliz por ter encontrado Deus”. 

Gary Chu :  A oração de um artista. 

Exemplo de pintura do período Tang

Muitos cooperadores do Opus Dei, sobretudo no Extremo Oriente, não são católicos ou não são cristãos. Mas apreciam o clima de amizade e alegria vivido nos centros da Obra. 

É o caso do pintor Gary Chu. Seu pai era faxineiro. Sua família, pobre e numerosa. Não pode estudar arte, mas desenhava às escondidas na escola enquanto seus colegas aprendiam o alfabeto chinês. Fez alguns retratos do Fundador da Obra. 

Enquanto está sendo entrevistado, Gary dá os últimos retoques num quadro que representa Nossa Senhora com o Menino e um anjo brincando com um cometa. O estilo é o do período Tang. 

“Ainda não sou católico, mas penso que algum dia serei batizado. Amo Jesus, a Virgem Maria e São José, e alegra-me pintá-los. Já os pintei mais de cem vezes e os quadros estão em diferentes partes do mundo; e quando estou pintando, falo com eles e rezo a eles”. 

Gary mostra-nos um dos primeiros retratos que fez de São Josemaria. “Como me disseram que está adorando Deus Sacramentado, pensei que deveria pintá-lo concentrado, feliz e cheio de amor”.