Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar somente de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar..., um dia, na sua vida, se encheu de brios para chegar até o telhado de um modesto prédio, que não era precisamente um arranha-céus.
Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia - que o tomou erradamente por uma cria da sua raça - e, entre aquelas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, acima das montanhas da terra e dos cumes nevados, acima das nuvens brancas e azuis e rosáceas, mais acima ainda, até olhar o sol de frente...