Um ponto chave na história do Opus Dei

Completam-se 81 anos da ordenação dos primeiros sacerdotes da Obra: Álvaro del Portillo, José Luis Múzquiz e José María Hernández Garnica. Foi um marco na história do Opus Dei, que desde então continua crescendo e desenvolvendo sua missão apostólica em todo o mundo.

Álvaro del Portillo, José María Hernández Garnica e José Luis Múzquiz, no dia de sua ordenação sacerdotal
Álvaro del Portillo, José María Hernández Garnica e José Luis Múzquiz, no dia de sua ordenação sacerdotal

O dia 25 de junho de 1944 foi uma data muito significativa na história do Opus Dei, pois foram ordenados os seus três primeiros sacerdotes: Álvaro del Portillo, José Luis Múzquiz e José María Hernández Garnica. Os três eram engenheiros e, alguns anos antes, tinham pedido a admissão no Opus Dei como numerários.

Após o fim da Guerra Civil Espanhola, São Josemaria propôs o chamado ao sacerdócio a Del Portillo e Hernández Garnica, que responderam afirmativamente. Dois anos mais tarde, José Luis Múzquiz juntou-se ao que viria a ser a primeira leva de sacerdotes do Opus Dei.


Link relacionado: artigo de José Luis González Gullón — ilustrado com algumas imagens inéditas daquele dia — percorre, a modo de crônica, os meses de maio e junho de 1944.


Para se preparar, os três jovens estudaram Filosofia e Teologia e foram examinados como alunos livres no seminário de Madri. Uma vez erigida a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, em dezembro de 1943, eles fizeram os exames como alunos da Sociedade Sacerdotal.

Josemaría Escrivá dirigiu-lhes um retiro no mosteiro de El Escorial, pouco antes da ordenação, de 13 a 20 de maio. José Luis Múzquiz lembrava que, durante esses dias, Escrivá insistia na necessidade de ter uma vida interior e lhes dizia: “Vocês devem ter uma conversa contínua com Deus. As contrariedades devem ser vistas diante de Deus; devem oferecer as humilhações”.

Álvaro, José Luis e José María receberam a ordenação sacerdotal em 25 de junho de 1944, na capela do Palácio Episcopal. O bispo de Madri, Monsenhor Leopoldo Eijo y Garay, presidiu a cerimônia.

São Josemaria não esteve presente porque desejava que seus filhos sacerdotes fossem os protagonistas daquele dia e porque quis oferecer a Deus o sacrifício de sua ausência. Na mesma hora em que eles eram ordenados, ele celebrava a missa na residência Donadío, auxiliado por José María Albareda.

Após a ordenação, os novos sacerdotes visitaram a nunciatura para cumprimentar Monsenhor Gaetano Cicognani e depois voltaram para Donadío, onde houve um emocionante encontro com São Josemaría.
Um marco na história da Obra

A ordenação de Álvaro del Portillo, José Luis Múzquiz e José María Hernández Garnica marcou um ponto-chave na história do Opus Dei, que naquele momento se encontrava em fase de expansão pela Espanha e, em breve, por outros países. Depois de receberem a ordenação, cada um deles serviu à Igreja e ao Opus Dei por caminhos diferentes.

A partir de 1946, Álvaro del Portillo estabeleceu-se em Roma, onde trabalhou em estreita colaboração com o Fundador nas tarefas apostólicas do Opus Dei. Também serviu a Igreja como consultor de vários dicastérios da Cúria Romana e participou ativamente nos trabalhos do Concílio Vaticano II. Após a morte de Escrivá, Del Portillo foi eleito seu sucessor, até sua morte em 1994. Foi beatificado em 2014.

José Luis Múzquiz colaborou na expansão do Opus Dei nos Estados Unidos e em vários países da Ásia, e na Europa, na Espanha e na Suíça. Em 1976, retornou aos Estados Unidos, onde viveu até sua morte em 1983. Em 2011, iniciou-se sua causa de beatificação e canonização.

José María Hernández Garnica impulsionou na Espanha o trabalho apostólico do Opus Dei entre as mulheres. Da mesma forma, exerceu seu ministério em vários países europeus, como Inglaterra, Irlanda, França, Áustria, Alemanha, Suíça, Bélgica e Holanda. Faleceu em 1972. Sua causa de beatificação e canonização começou em fevereiro de 2005.

A partir de 25 de junho de 1944, sucederam-se as ordenações de membros do Opus Dei de cada vez mais países, para vivificar e expandir os apostolados da Obra e servir a Igreja.


Artigo elaborado pelo Centro de Estudos Josemaría Escrivá (CEJE) (CEJE)