O congresso desenvolveu-se de 28 de junho a 1º de julho na Universidade Austral (Buenos Aires), e dele participaram cerca de duas mil e quinhentas pessoas. A leitura de uma mensagem do Prelado do Opus Dei, D. Javier Echevarría, abriu a sessão inaugural, à qual assistiram o Núncio Apostólico na Argentina, Mons. Santos Abril, e numerosas autoridades. As palestras, tão abundantes como variadas, centraram-se em diversos temas de interesse humano e científico em que a mensagem do fundador do Opus Dei teve especial importância. Encerrou o congresso o reitor da universidade, Alejandro Consigli.
O teólogo Pedro Rodríguez falou de Caminho, a obra mais difundida do Bem-aventurado Josemaría, um livro -segundo ele- para todas as almas: não só para os cristãos, mas também para os não-crentes.
"Procurar a verdade com paixão e entusiasmo e respeitar com a mesma paixão a liberdade dos outros é uma das grandes lições do Bem-aventurado Josemaría", destacou Carlos Alberto Di Franco, editorialista do Estado de São Paulo, ao falar, no painel sobre os meios de comunicação, dos ensinamentos do fundador do Opus Dei neste campo.
A palestra da Vice-diretora da Universidade Campus Biomédico de Roma, Paola Binetti, dizia tudo no título: "Sair ao encontro de quem sofre: uma oportunidade de desenvolvimento pessoal". Binetti destacou alguns dos ensinamentos do Bem-aventurado Josemaría para tirar proveito humano e espiritual da dor: encontrar sentido para o sofrimento; sentir-se acompanhado e pedir ajuda quando for necessário; aceitá-la; procurar seu valor salvífico e redentor, a partir do modelo de Cristo.
O painel de solidariedade foi formado por alguns promotores de obras sociais que nasceram ao calor do espírito do Bem-aventurado Josemaría em diversos países. Entre os palestrantes encontrava-se, por exemplo, o Dr. Abel Albino, que há alguns anos fundou uma instituição dedicada à luta contra a desnutrição infantil numa das zonas mais pobres da Argentina. Seu projeto brotou de umas palavras de João Paulo II que ouviu em Roma, no dia da beatificação do fundador do Opus Dei, em 1992: umas palavras com as quais o Papa, na sua homilia, quis estimular os assistentes daquela cerimônia a "servir os mais pobres".
O quadro final, de traços intensos e coloridos, passando da linguagem plástica para a letra escrita, poderia descrever-se assim: o Bem-aventurado Josemaría anunciou a chamada universal à santidade no meio dos afazeres cotidianos do cristão comum. Esse trabalho cotidiano - seja qual for- é o lugar natural de encontro com Deus, que sendo Amor, leva os homens a servir os outros homens, seus irmãos, com esse mesmo Amor, e a referir todas as suas atividades e vivências a Deus Pai.