Ter coração para com Deus

"Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças"(Mt 22, 37; Lc 10, 27).

O que é preciso para conseguir a felicidade não é uma vida cômoda, mas um coração enamorado.

Sulco, 795

Com todo o coração, com o corpo e com a alma

Meus filhos, é preciso amar a Deus com a alma inteira, com todo o coração, com o corpo e com a alma. Insisto: que não falte a graça humana na correspondência à graça divina que recebemos!

Recordações sobre Mons. Escrivá

O coração da criatura, com a graça de Deus, é capaz de um amor imenso. Vale a pena sermos fiéis! Não vos esqueçais de que nós somos pessoas enamoradas; não somos gente sem amor! Se não pusermos completamente a Deus em nossas vidas, apaixonados!, não poderemos ir para a frente. Não façais nada sem pôr no que fazeis pelo menos uma chispa de amor, ainda que custe!

Recordações sobre Mons. Escrivá

Amar é... não albergar senão um único pensamento, viver para a pessoa amada, não se pertencer, estar submetido venturosa e livremente, com a alma e o coração, a uma vontade alheia... e ao mesmo tempo própria.

Sulco, 797

Há corações duros, mas nobres, que - ao se aproximarem do calor do Coração de Jesus Cristo - se derretem como o bronze em lágrimas de amor, de desagravo. Inflamam-se!
Pelo contrário, os tíbios têm o coração de barro, de carne miserável... e racham. São pó. Dão pena.
Diz comigo: - Jesus nosso, longe de nós a tibieza! Tíbios, não!

Forja, 490

Alguém comparou o coração a um moinho que se move pelo vento do amor, da paixão... Efetivamente esse “moinho” pode moer trigo, cevada, esterco... - Depende de nós!

Sulco, 811

Quando se ama de verdade, dá-se com alegria, sem fazer contas e sem procurar agradecimentos

Quando se ama de verdade, dá-se com alegria, sem fazer contas e sem procurar agradecimentos: é suficiente, então, para a alma, a oportunidade de gastar-seprazerosamente! Não se pensa se já se fez muito ou se custa.

Recordações sobre Mons. Escrivá

Não duvides: o coração foi criado para amar. Metamos pois Jesus Cristo em todos os nossos amores. Caso contrário, o coração vazio se vinga, e se enche das baixezas mais desprezíveis.

Sulco, 800

A Deus, é preciso amá-lo com o coração inteiro, entregue, sabendo que o Senhor se conforma com este nosso pobre coração se lho damos deveras.

Recordações sobre Mons. Escrivá

Apaixonados pelo Amor

Somos os enamorados do Amor. Por isso, o Senhor não nos quer secos, hirtos, como uma coisa sem vida: Ele nos quer impregnados do seu carinho!

Forja, 492

O Senhor não tinha um coração seco, tinha um coração de profundidade infinita que sabia agradecer, que sabia amar.

Recordações sobre Mons. Escrivá

Ele nos olha constantemente e vê os nossos desejos mais íntimos, "perscrutando os corações": nada da nossa vida lhe é desconhecido

Jesus fará que ganhes um carinho grande por todas as pessoas com quem te relacionas, que em nada toldará aquele que tens por Ele. Ao contrário: quanto mais amares Jesus, mais gente caberá no teu coração.

Forja, 876

Olha: temos que amar a Deus não somente com o nosso coração, mas com o “dEle”, e com o de toda a humanidade de todos os tempos...: senão, ficaremos abaixo das medidas para correspondermos ao seu Amor.

Sulco, 809

Somos pessoas comprometidas pelo amor. Por isso, devemos viver uma fidelidade contínua e sempre mais exigente, mesmo quando temos de caminhar a contragosto. Movemo-nos na presença do Senhor: Ele nos olha constantemente e vê os nossos desejos mais íntimos, scrutans corda ["Perscrutando os corações": Sl 7, 10.]: nada da nossa vida lhe é desconhecido, tão grande é a sua predileção. Por isso vos digo tantas vezes que lhe entregueis o coração inteiro, em justa correspondência aos seus desvelos.

Recordações sobre Mons. Escrivá

Se verdadeiramente desejas que o teu coração reaja de um modo seguro, eu te aconselho a meter-te numa Chaga do Senhor: assim O tratarás de perto, grudar-te-ás nEle, sentirás palpitar o seu Coração..., e O seguirás em tudo o que te peça.

Forja, 755

Obrigado, meu Jesus!, por que quiseste fazer-te perfeito Homem, com um Coração amante e amabilíssimo, que ama até a morte e sofre; que se enche de gozo e de dor; que se entusiasma com os caminhos dos homens, e nos mostra aquele que conduz ao Céu; que se submete heroicamente ao dever, e se guia pela misericórdia; que vela pelos pobres e pelos ricos; que cuida dos pecadores e dos justos... - Obrigado, meu Jesus, e dá-nos um coração à medida do teu!

Sulco, 813

O coração! De vez em quando, sem o poderes evitar, projeta-se uma sombra de luz humana, uma recordação torpe, triste, “provinciana”... - Corre logo ao Sacrário, física ou espiritualmente: e tornarás à luz, à alegria, à Vida.

Sulco, 817

Com a ajuda de Nossa Senhora

Não se pode ter uma vida limpa sem a ajuda divina. Deus quer a nossa humildade, quer que Lhe peçamos a sua ajuda, através da nossa Mãe e sua Mãe.

Compreensão, caridade real. Quando a tiveres conseguido de verdade, terás o coração grande para com todos, sem discriminações

Tens que dizer a Nossa Senhora, agora mesmo, na solidão acompanhada do teu coração, falando sem ruído de palavras: - Minha Mãe, este meu pobre coração rebela-se algumas vezes... Mas se tu me ajudas... - E Ela te ajudará, para que o guardes limpo e continues pelo caminho a que Deus te chamou: a Virgem te facilitará sempre o cumprimento da Vontade de Deus.

Forja, 315

Pedi à Mãe bendita do Céu que purifique o vosso coração, e Ela o alcançará do Pai. Jesus, guarda o nosso coração! Guarda-o para ti! Um coração rijo, forte, duro e terno e afetuoso e delicado, cheio de caridade por ti, pelos meus irmãos e por todas as almas.

Recordações sobre Mons. Escrivá

Um coração que ame desordenadamente as coisas da terra está como que preso por uma corrente, ou por um “fiozinho sutil”, que o impede de voar para Deus.

Forja, 486

Compreensão, caridade real. Quando a tiveres conseguido de verdade, terás o coração grande para com todos, sem discriminações, e viverás - também com os que te maltrataram - o conselho de Jesus: “Vinde a mim todos os que andais abatidos..., e Eu vos aliviarei”.

Forja, 867

para saber de verdade o que é o coração humano, e o Coração de Cristo, e o amor de Deus, é preciso ter fé e humildade

Quando se coloca o amor de Deus no meio da amizade, este afeto se depura, se engrandece, se espiritualiza; porque se queimam as escórias, os pontos de vista egoístas, as considerações excessivamente carnais. Não o esqueças: o amor de Deus ordena melhor os nossos afetos, torna-os mais puros, sem diminuí-los.

Sulco, 828

Quem não dará amor por amor?

Jesus na Cruz, com o coração trespassado de Amor pelos homens, é uma resposta eloqüente - as palavras são desnecessárias - à pergunta sobre o valor das coisas e das pessoas. Valem tanto os homens, a sua vida e a sua felicidade, que o próprio Filho de Deus se entrega para os redimir, para os purificar, para os elevar. Quem não amará o seu Coração tão ferido?, perguntava uma alma contemplativa, ao aperceber-se disso. E continuava perguntando: Quem não retribuirá o amor com amor? Quem não abraçará um Coração tão puro? Nós, que somos de carne, pagaremos amor com amor, abraçaremos o nosso Ferido, a quem os ímpios atravessaram as mãos e os pés, o lado e o Coração. Peçamos que se digne prender nosso coração com o vínculo do seu amor e feri-lo com uma lança, pois é ainda duro e impenitente.
São pensamentos, afetos, colóquios que as almas enamoradas entretiveram com Jesus desde sempre. Mas, para entender esta linguagem, para saber de verdade o que é o coração humano, e o Coração de Cristo, e o amor de Deus, é preciso ter fé e humildade. Foi com fé e humildade que Santo Agostinho nos deixou estas palavras universalmente famosas: Para Ti nos criaste, Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto em Ti não descansar.

É Cristo que passa, 165

No vosso coração, sois como um Sacrário em que o Senhor quis refugiar-se. Ele ama-nos com o seu Amor infinito, ama-nos muito; e espera da nossa parte amor, desagravo, pelas nossas faltas pessoais de correspondência e pelas de todos os homens. Quando há amor de verdade, não há grosseria: o grosseiro e o sujo significam desamor.

Recordações sobre Mons. Escrivá