Santificando o meu trabalho: baby-sitter

Susanna é casada com Maurizio. Têm três filhos. Trabalha como babysitter, e neste testemunho conta como o seu trabalho é parte de uma escolha profissional definida.

Duas faculdades, morar no centro de Milão, Diretora de Recursos Humanos e do Departamento Comercial da empresa familiar no setor da moda, viagens ao Japão, aos Estados Unidos e atualmente babysitter numa vila da província de Bérgamo. Podia parecer que a vida profissional de Susanna sofreu uma virada brusca. Mas não é assim: “Quando eu e Maurizio casamos – conta Susanna – tínhamos decidido morar em Milão, porque os dois trabalhávamos lá. Mas depois Maurizio teve uma oferta de trabalho numa vila de montanha e aceitamos imediatamente este presente da Providência. A realidade urbana sempre foi um pouco apertada para mim e aquela era a oportunidade de mudar”.

Poucos meses depois de ter nascido a primeira filha, Susanna inscreveu-se outra vez na Universidade para fazer o curso de Ciências da Educação. Assim, conseguiu começar a trabalhar no setor educativo e de apoio às famílias.

Susanna e seu marido Maurizio

Susanna, que conhece o Opus Dei pelos pais, já tem no seu haver trinta anos de vocação como supernumerária: “Admito que, no princípio, a minha relação com Deus era muito engessada, um pouco cerimoniosas demais. Mas o Senhor serviu-se de muitas outras realidades da Igreja para me tornar mais espontânea, e sobretudo, do encontro com o meu marido”.

Como todas as pessoas do Opus Dei, Susanna procura transformar em oração o próprio trabalho e a vida familiar. Mas quais sãos os “segredos de ofício” para santificar o trabalho de babysitter? “Primeiro – explica Susanna – antes de entrar no trabalho, quando toco a campainha, confio a Jesus as pessoas daquela casa. Estando com crianças pequenas, há tantas ocasiões e tantas maneiras. Se vou dar uma volta pela zona com uma criança que está dormindo, talvez faça oração. Os momentos de encontro com outras babysitters tornam-se muitas vezes ocasião de confidência e de apoio nas dificuldades”.

Susanna no seu trabalho como babysitter

“Em geral – prossegue Susanna – mesmo quando estou em casa, procuro sempre estar no que faço, e para viver melhor a presença de Deus, aproveito algumas tatuagens que tenho no braço, com frases cheias de significado para mim como Nada te turbe título de uma canção da comunidade de Taizé com letra de Santa Teresa de Ávila)”.

Não foram só circunstâncias providenciais que levaram Susanna a mudar de uma carreira profissional de empresária para o babysitting: “Gosto da ideia de cuidar não só de uma criança, mas de toda a família. Seria isso que esperaríamos de uma babysitter dos nossos filhos. Não me ocupo só de ser babysitter, faço também o trabalho da casa. Digamos que a minha paixão é fazer o que antigamente fazia a governanta, figura profissional hoje praticamente desaparecida”.

“Para mim, o desafio, algumas vezes – conclui Susanna – é adaptar-me ao ritmo lento das crianças, e lembrar-me de que também posso me divertir lendo uma história da Peppa a um menino de três anos”.