Sacerdote, só; sacerdote

A Igreja necessita - e necessitará sempre - de sacerdotes. Pede-os diariamente à Santíssima Trindade, através de Santa Maria. E pede que sejam alegres, operativos, eficazes; que estejam bem preparados; e que se sacrifiquem alegremente pelos seus irmãos, sem se sentirem vítimas.

Foto de Luis Ángel Espinosa

É um trabalho terrivelmente absorvente, que não deixa tempo para o duplo emprego. As almas têm tanta necessidade de nós, ainda que muitas o não saibam, que nunca se consegue fazer tudo. Faltam braços, tempo, forças. Costumo por isso dizer aos meus filhos sacerdotes que, se algum deles chegasse a notar que num dia lhe tinha sobrado tempo, poderia estar completamente certo de que nesse dia não tinha vivido bem o seu sacerdócio.

Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, n. 4

A Igreja precisa - e precisará sempre - de sacerdotes. Pede-os diariamente à Trindade Santíssima, através de Santa Maria.
- E pede que sejam alegres, operantes, eficazes; que estejam bem preparados; que se sacrifiquem com gosto pelos seus irmãos, sem sentir-se vítimas.

Forja, 910

entem - ou estão enganados - os que afirmam que nós, os sacerdotes, estamos sós: estamos mais acompanhados do que ninguém, porque contamos com a contínua companhia do Senhor, com quem temos de manter um trato ininterrupto.
- Somos enamorados do Amor, do Autor do Amor!

Forja, 38

Quando dava a Sagrada Comunhão, aquele sacerdote sentia ímpetos de gritar: aí te entrego a Felicidade!

Forja, 267

A guarda do coração. - Assim rezava aquele sacerdote: “Jesus, que o meu pobre coração seja horto selado; que o meu pobre coração seja um paraíso, onde vivas Tu; que o meu Anjo da Guarda o guarde com espada de fogo, e com ela purifique todos os afetos antes de entrarem em mim; Jesus, com o divino selo da tua Cruz, sela o meu pobre coração”.

Forja, 412

Não procures consolos fora de Deus. Olha o que escrevia aquele sacerdote: - Nada de desabafar o coração, sem necessidade, com nenhum outro amigo!

Forja, 428

Aquele jovem sacerdote costumava dirigir-se a Jesus com as palavras dos Apóstolos: "Edissere nobis parabolam" - explica-nos a parábola. E acrescentava: - Mestre, mete em nossas almas a claridade da tua doutrina, para que nunca falte nas nossas vidas e nas nossas ações..., e para que possamos dá-la aos outros.
- Dize-o tu também ao Senhor.

Forja, 579

Assim rezava um sacerdote, em momentos de aflição: “Venha, Jesus, a Cruz que Tu quiseres; desde agora a recebo com alegria e a abençôo com a rica bênção do meu sacerdócio”.

Forja, 775

Ser cristão - e de modo particular ser sacerdote; lembrando-nos também de que todos os batizados participamos do sacerdócio real - é estar continuamente na Cruz.

Forja, 882

Quanto não temos de admirar a pureza sacerdotal! - É o seu tesouro. - Nenhum tirano poderá arrancar jamais à Igreja esta coroa.

Caminho, 71

Parece-me que o que se espera de nós, sacerdotes é a humildade de aprendermos a não estar na moda, sendo realmente servos dos servos de Deus — lembrando-nos daquele grito de João Batista: illum oportet crescere, me autem minui (Jo 3, 30), convém que Cristo cresça e que eu diminua —, para que os cristãos correntes, os leigos, tornem Cristo presente em todos os ambientes da sociedade. A missão de dar doutrina, de ajudar a penetrar nas exigências pessoais e sociais do Evangelho, de levar a discernir os sinais dos tempos — é e será sempre uma das tarefas fundamentais do sacerdote. No entanto, toda a atividade sacerdotal deve ser realizada dentro do maior respeito pela legítima liberdade das consciências; cada homem deve responder a Deus livremente. Aliás, qualquer católico, além dessa ajuda do sacerdote, tem ainda luzes próprias que recebe de Deus, graça de estado para levar avante a missão específica que recebeu, como homem e como cristão.

Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, n. 59