Não há paz em muitos corações que tentam em vão compensar a intranquilidade da alma com o bulício contínuo, com a pequena satisfação de bens que não saciam, porque deixam sempre o sabor amargo da tristeza. (…)
Cristo, que é a nossa paz, é também o Caminho (Jo 14, 6). Se queremos a paz, temos que seguir os seus passos. A paz é consequência da guerra, da luta, dessa luta ascética, íntima, que cada cristão deve sustentar contra tudo o que em sua vida não for de Deus: contra a soberba, a sensualidade, o egoísmo, a superficialidade, a estreiteza de coração. É inútil clamar por sossego exterior se falta tranquilidade nas consciências, no fundo da alma, porque do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as fornicações, os furtos, os falsos testemunhos, as blasfêmias (Mt 15, 19). (É Cristo que passa, 73)