Os avós paternos de Josemaria, D. José e Dona Constância, tinham as suas raízes em Fonz.
A avó esperava-os, feliz, todos os Verões. Com os braços abertos saía para recebê-los carinhosamente.
- Lola! Pepe! Que alegria!
- Como foi a viagem?
E os pequenos… Como se portaram? Venham, tenho refrescos na geleira!
A avó Constância era muito piedosa e rezava o terço de hora a hora; dela aprendeu Josemaria uma pequena oração que a avó repetia entre terço e terço.
-“Já deram as doze, Jesus não vem. Quem será o ditoso que o detém?”
Ensinou a Josemaria que, ao recebê-lo na Sagrada Comunhão, ele era um menino feliz que tinha Jesus no seu coração.
A Virgem da Dormição
Na paróquia da Assunção venerava-se a Santa Virgem da Dormição. Durante as férias, a 15 de Agosto, celebrava-se a festa da Assunção. Era um grande acontecimento a que assistiam todas as famílias que se encontravam em Fonz e as crianças iam também.
Chon que, além de celebrar o onomástico, festejava também o aniversário, trajava o seu melhor vestido. Meninos e anjinhos partiam felizes para a celebração em honra da Santíssima Virgem. Logo ao entrar, o Anjo relojoeirinho com uma profunda reverência adorava a Jesus sacramentado e saudava os milhares de anjos que faziam guarda a Jesus Cristo no Sacrário.
Todos os anjos do Santuário se fixaram em Josemaria. O Relojoeirinho sorria com ar de importância; sabia que Jesus e Nossa Senhora o estimavam com especial predileção.
Na cerimônia descobriam a Santa Imagem da Dormição que aparecia rodeada de flores. Esta imagem da Virgem adormecida permanecia exposta aos fiéis só durante oito ou dez dias depois da festa; o resto do tempo estava coberta com um véu.
Aquilo impressionava vivamente as crianças, enraizando neles desde muito pequenos uma terna devoção à Dormição da Santíssima Virgem.
Cármen e Josemaria, levando Chon pela mão, aproximavam-se lentamente para contemplar durante um longo momento o rosto adormecido da Virgem, as suas faces levemente rosadas e uma expressão de serena quietude. Então os meninos aproximavam-se para beijar o seu rosto, e Chon com eles.
Do livro “Vida y venturas de un borrico de noria”
© Paulina Mönckeberg, 2004
© Ediciones Palabra, S.A., 2004
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