O Papa melhora mas continuará no hospital

O porta-voz da Santa Sé Joaquim Navarro-Valls, comentou que “o estado geral do Santo Padre continua melhorando: não tem febre e se alimenta normalmente. Por motivos evidentes de prudência, foi aconselhado que prolongue sua estadia na Policlínica Gemelli mais alguns dias”.

João Paulo II apareceu na janela do seu quarto da Policlínica Gemelli de Roma para rezar o Angelus e abençoar os fiéis reunidos no pátio deste hospital e na Praça de São Pedro, onde quatro telões gigantes transmitiam a oração mariana. O arcebispo Leonardo Sandri, substituto da Secretaria de Estado, leu a mensagem do Papa e dirigiu a oração do Angelus. Em seguida o Santo Padre impartiu a Benção Apostólica.

“Dirijo-me hoje a vós da Policlínica Agostino Gemelli – começa a mensagem do Papa – onde me encontro há alguns dias, atendido com amável solicitude por médicos, enfermeiras e funcionários, a quem agradeço de todo o coração”.

“Que a todos vós, queridíssimos irmãos e irmãs, e a todos, dos mais distintos lugares da terra, que estão junto de mim, chegue o meu reconhecimento pelo afeto sincero que, nestes dias, me haveis transmitido tão intensamente!”. O Papa assegura a todos que reza por suas intenções, “assim como pelas necessidades da Igreja e pelas grandes causas do mundo. Assim, também no hospital, ao lado de outros enfermos, nos quais penso com sincero afeto, continuo servindo a Igreja e a toda a humanidade”.

O texto de João Paulo II prossegue recordando que hoje celebra-se na Itália a Jornada pela Vida e observa que “na mensagem publicada por ocasião desta circunstância, os bispos italianos acentuam que o mistério da vida é uma relação que requer confiança. É necessário fiar-se da vida! As crianças ainda não nascidas exigem em silêncio confiança na vida. Confiança pedem também tantas crianças que, ao perderem sua família por diversos motivos, querem encontrar uma casa que as acolha através da adoção ou da custódia temporária”.

“Penso especialmente, portanto, - conclui a meditação do Papa - , no amado povo italiano e em todos os que se preocupam pela defesa da vida que nasce. Sinto-me próximo especialmente dos bispos da Itália, que permanecem exortando os católicos e os homens e mulheres de boa vontade a defenderem o direito fundamental da vida, no respeito à dignidade de todo ser humano”.