Novembro nos encoraja a pensar no Céu

O mês de novembro iniciou-se com a grande festa de Todos os Santos e depois o 2 de novembro, dia no qual rezamos especialmente pelos defuntos. O papa Bento XVI nos orienta a viver este mês com o nosso olhar voltado para ao Céu.

Servir os irmãos na santidade

(VIS) O primeiro de novembro, festa de todos os santos, Bento XVI  evocou esta festa na qual “convida a Igreja a antecipar na terra a festa sem fim da comunidade celeste, e reavivar entre os fiéis a esperança da vida eterna”. depois ele assinalou  que celebrando o 1400º aniversario da consagração da Virgem e dos Mártires do Panteon,  um dos mais antigos monumentos da Roma antiga.  Acrescenta depois o culto a todos os santos.

Neste Ano sacerdotal, acrescentou o Papa, convém comemorar tudo principalmente “os sacerdotes santos, aqueles canonizados pela Igreja e mostrados como exemplos de vida espiritual e pastoral, como todos aqueles cuja santidade é conhecida do Senhor”.

Deve-se viver o dia de comemoração dos defuntos “dentro de um espírito verdadeiramente cristão, segundo a luz do mistério pascal. Morto e ressuscitado, o Cristo nos abriu o caminho para a morada do Pai, para o reino da vida e da paz.... Visitamos os cemitérios sabendo que as tumbas contem os restos mortais dos entes queridos  que esperam a ressurreição. Como diz a Escritura, suas almas estão nas mãos de Deus. A melhor maneira de os honrar é rezar por eles cumprindo os gestos de fé, esperança e caridade”.

Falando da comunhão dos santos, Bento XVI disse que ele se preocupa ”com uma realidade influente sobre a nossa vida.. Nós não estamos sozinhos pois pertencemos a uma companhia espiritual onde no seio dela reina uma profunda solidariedade. O bem de um é o prazer dos outros e reciprocamente. A felicidade comum é irradiar para cada um dos membros. De uma certa maneira, esta experiência de amizade é antecipada aqui neste mundo na família e na comunidade espiritual que é a Igreja”.

Por que nós oramos pelos defuntos?

Depois do século XI, o dia seguinte ao de Todos os Santos é consagrado à oração pelos defuntos. A oração pelas almas do purgatório, oficializado no século XIII, tem origens bíblicas e correspondem segundo os propósitos de santo Josemaria, a um “dever de justiça”.

A oração pelas almas do purgatório nos ensinamento da Igreja

O segundo Concílio de Lyon (1274) exprime com precisão o que pode consistir o estado de purificação depois da morte.

“No que diz respeito às faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, ao dizer que se alguém pronunciou uma blasfêmia contra o Espírito Santo, aquilo não lhe será perdoado nem neste século nem no século futuro (Mt 12,31)” lembra o catecismo da Igreja Católica (nº 1031). A Igreja chegou a conclusão lógica que há, pois pecados perdoados no outro mundo como já mostrado no Antigo Testamento.

Bento XVI se recolhe junto a tumba dos seus predecessores.

Ver o vídeo no Site da Agence Rome Reports (em inglês). Eis abaixo a tradução da reportagem:

O Papa se dirigiu à cripta do Vaticano no dia 3 de novembro para orar junto às tumbas de seus predecessores enterrados na basílica, uma visita que ele faz tradicionalmente em novembro.

Ele rezou  primeiramente na tumba de Bento XV, o papa que lhe inspirou o seu nome. Ele foi em seguida a tumba de Pio XI, que era papa quando Joseph Ratzinger era criança.

O papa depois orou junto a tumba de Pio XII, que era papa quando Joseph Ratzinger foi  ordenado sacerdote.

Ele se recolheu junto à tumba de Paulo VI, que lhe ordenou bispo e lhe nomeou cardeal.

Na  tumba de João Paulo I, o papa se recordou  do conclave que elegeu o papa João Paulo I e depois o seu funeral 33 dias depois.

Bento XVI terminou suas orações junto a tumba de João Paulo II, o papa que o chamou a Roma e com quem ele trabalhou em estreita colaboração durante 24 anos.

Ele não se dirigiu  à tumba de João XXIII, sob o pontificado do qual começou o Concílio Vaticano II, porque seu corpo foi transladado em 2000, quando ele foi beatificado.