Em primeiro lugar, um Feliz Natal para todos vocês!
Já faltam bem poucos dias. Justamente no dia 24 começa o ano jubilar que o Papa dedica especialmente a algo tão importante para todos, que é a esperança.
“A esperança não decepciona”. Assim começa, com essas palavras de São Paulo, o documento com o qual o Papa convocou este ano jubilar. A esperança que não decepciona.
Mas que esperança é essa? Muitas esperanças neste mundo, boas, acabam não se cumprindo. Mas a que não decepciona, nós sabemos bem disso, é a esperança, como diz São Paulo na epístola aos Colossenses, a esperança que está no céu (cfr. Col 1,5).
Mas não é uma esperança nos céus como algo distante, mas o céu que é “o Deus conosco”, é a força de Deus, o amor de Deus. Essa é a segurança da nossa esperança. Uma esperança que de fato não decepciona. Nós podemos decepcionar Deus, mas Deus nunca nos decepciona.
Vemos agora, nestes dias logo após o Natal, Deus que se torna um Menino para nós, que se entrega a nós, que transforma, de alguma forma também para a nossa vida, o frio, a escuridão, a pobreza de Belém na grande riqueza do amor de Deus por nós, da doação que Ele faz de Si mesmo a nós, a cada um de nós.
Por isso o Natal é sempre um motivo de alegria, de festa. E ao mesmo tempo, pensando que muitas pessoas não têm essa esperança que o Senhor coloca em nós, o zelo apostólico nos empurra. Não porque sejamos melhores, mas porque recebemos, com a graça de Deus, a fé, a esperança, também para transmiti-la.
De modo que, vendo o mundo como ele é, com tantas dificuldades, guerras, pobrezas, discórdias...mas, ao mesmo tempo, com tantas pessoas boas. Muitas vezes pensamos sobre isso: quantas pessoas boas estão por aí. Mas nós podemos (todos nós!) Contribuir para que essa bondade floresça mais, olhando especialmente para o menino recém-nascido, para a Virgem Maria, para São José. Essa entrega surpreendente de Deus, que é para cada um de nós.
Mas precisamos de fé. Fé no Senhor, segurança em seu amor. Agora vem à minha mente, aquela oração que São Josemaria repetia muito, e nos ensinou a repetir dirigindo-se a Nosso Senhor: aumentai a nossa fé, esperança e caridade - o amor.
Porque precisamos do dom de Deus para ter esperança; e para poder transmiti-la aos outros, com o amor, a entrega e o serviço que é o que nos faz felizes. Nós sabemos disso muito bem, como dizia São Josemaria: “O que nos faz felizes não é uma vida cômoda, mas uma vida enamorada” (cfr. Sulco 795). Um apaixonamento que é doação, que é entrega. Não é egoísmo, é o oposto.
O Natal também é, contemplando o mistério desse Deus que se entrega a nós de maneira tão total, uma ocasião para renovarmos nosso desejo de servir, de nos entregarmos, que é o que nos faz felizes, o que nos torna alegres e eficazes.
Eu rezo por todos vocês. Peço que rezem pelas minhas intenções, por todos os trabalhos que estão sendo feitos, e também agora pelos estatutos da Obra, por tantas intenções apostólicas em todo o mundo, e, acima de tudo, rezemos muito, sempre, pelo Papa: pelas suas intenções, por toda a Igreja.
Muito Feliz Natal novamente. Com minha bênção - e confio muito nas orações de todos vocês também por mim e pelas minhas intenções. Deus os abençoe.