Milhares de jornalistas foram a Roma para participar de três dias intensos de programação. 

Depois da acolhida dos peregrinos, no dia 24 de janeiro houve uma Missa por ocasião da festa de São Francisco de Sales. No dia seguinte, 25 de janeiro, os participantes tiveram um encontro com o Santo Padre na Sala Paulo VI, além de uma série de encontros culturais e religiosos.

Francisco deixou o discurso de lado e preferiu dirigir algumas palavras improvisadas aos presentes: “Gostaria somente de dizer uma palavra sobre a comunicação: comunicar é sair um pouco de nós mesmos, para dar algo de mim ao outro. E a comunicação não é só saída, mas também o encontro com o outro. Saber comunicar é uma grande sabedoria. Estou feliz com este Jubileu dos Comunicadores. O seu trabalho é de construção, constrói a sociedade, a Igreja, fazer tudo ir para frente desde que seja verdadeiro. Comunicar é algo divino. Obrigado por aquilo que fazem”.

O evento terminou no domingo de manhã, com a Missa do “Domingo da Palavra de Deus”, presidida pelo Santo Padre na Basílica de São Pedro.

Alguns profissionais refletem sobre o seu trabalho e o tema do Jubileu: “Peregrinos da esperança”

Hayanne, Fortaleza
Ponte entre culturas
Me chamo Hayanne, sou formada em Jornalismo e atuei por 10 anos em redação de jornal. Hoje trabalho como redatora na área de Marketing. A comunicação em geral é uma ponte entre variadas pessoas e culturas. Por meio dela, conseguimos acordos, executar planos e evangelizar. Acredito que ser o primeiro tema abordado, neste ano, pelo papo Francisco é um sinal de que precisamos ter mais zelo por esse processo de levar informação e opinião aos outros, baseados na Verdade que só a Igreja pode guiar. É uma oportunidade para que jornalistas e comunicadores possam refletir sobre a finalidade de expor a realidade aos demais, fomentando e cobrando paz. Somos uma engrenagem importante para a construção de um mundo melhor, pois influenciamos muitas pessoas. É uma chance que o Papa nos deu para tornamos nosso trabalho mais digno e em busca de um sentido realmente verdadeiro.

Gabriela, Itajubá
Integridade e responsabilidade
O jornalismo é — e sempre foi — um instrumento para promover a verdade e a dignidade humana. Em um mundo frequentemente marcado pela desinformação, pela superficialidade e pela grande quantidade de ruídos, o jornalista católico tem o dever e o desafio de ser uma voz justa, iluminando os fatos com integridade e responsabilidade. Mais do que informar, é uma vocação que exige coragem para apurar, mesmo quando um determinado assunto desafia interesses ou opiniões, e humildade para narrar os fatos com fidelidade e respeito aos personagens da história. Inspirados pelos valores cristãos, temos a missão de disseminar o bem comum, o respeito à vida e a busca constante pelo Reino de Deus em cada realidade humana.

Victor Hugo, Revista de Aparecida
Transmitir Esperança
“O Papa Francisco nos lembra da importância de transmitirmos a esperança que está em nossos corações e sobre a necessidade do trabalho profissional jornalístico perante as fontes da desinformação. Mas o que mais nos impacta é quando o papa nos recorda que a verdadeira esperança é Jesus Cristo. Por isso a esperança não decepciona. Ele é o grande comunicador da Boa Nova, que vem nos trazer a salvação.

O jornalismo é uma missão de enviar não apenas a notícia mas a esperança. Como católicos, também faz parte do nosso trabalho santificarmos uns aos outros.”

Carla, TV Canção Nova
Continuar nossa missão
“Acredito que temos uma grande missão que é captar o melhor no nosso trabalho cotidiano. Para mim esse melhor é captar a vida que está em cada notícia. Trabalho numa emissora que tem o conceito de vida e esperança. A nossa missão é anunciar essa mensagem. Estar em Roma no Jubileu dos Comunicadores é uma oportunidade única de estar ao lado do Papa e de jornalistas do mundo inteiro. Isso nos motiva para continuar nossa missão no Brasil.”