O encontro do Prelado do Opus Dei com famílias vindas dos mais variados pontos da Cidade do México e de outras cidades próximas ocorreu no Centro de Exposições Bancomer.
Logo cedo, Santa Fé experimentou um movimento singular: centenas de pessoas começaram a chegar a essa zona para se reunirem com o Prelado do Opus Dei. Cento e dezesseis ônibus de diferentes Estados e cidades, como Morelos, Tlaxcala, Puebla, Atlacomulco, Jojutla, Cuernavaca, Querétaro e Cd. Nezahualcóyotl, dentre outros, foram vistos ao longo do dia.
Aproveitando a proximidade do lugar da reunião, vários grupos foram visitar a sede da nova Paróquia de São Josemaria Escrivá, consagrada no dia anterior.
Pouco antes de dar início à reunião, respirava-se um ambiente festivo e familiar, que não se perdeu apesar de haver cerca de oito mil pessoas.
O Prelado da Obra chegou ao recinto às cinco da tarde, em ponto, provocando o júbilo de todos os presentes, que irromperam impetuosamente com um caloroso e longo aplauso enquanto D. Javier chegava ao estrado.
Lá o aguardavam algumas pessoas dentre as quais se destacavam, pelo seu sorriso e pelas chamativas e vistosas vestimentas, D. Antônia Calixto e D. Sixta Cruz, indígenas mazahuas residentes em Toshi, que há muitos anos pertencem ao Opus Dei.
D. Javier iniciou a tertúlia evocando a viagem que fez ao México em 1970 acompanhando São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei. Após a saudação inicial, convidou os presentes a manifestarem-lhe as suas inquietações através de algumas perguntas que se centraram principalmente na família, na sua dimensão material e espiritual; no sacramento do matrimônio e na abertura à vida, apesar das dificuldades que se possam apresentar; e como contribuir para a recristianização da cultura.
D. Javier animou a todos a converter a família numa igreja doméstica, onde Jesus Cristo seja o centro, e noutra Betânia, ou seja, num lugar onde o Senhor seja acolhido e manifeste o Seu amor. Também alentou a ser generosos no matrimônio, cuidando dos pequenos detalhes que o engrandecem, numa atitude permanente de entrega aos outros.
O Prelado do Opus Dei convidou os presentes a assumirem com responsabilidade as suas atividades de apostolado: “Peço a Deus que nos confirme na nossa vocação cristã e que nos leve a ser verdadeiros filhos de Deus que sabem falar descaradamente – mas ao mesmo tempo com respeito – dos sacramentos, da confissão, da Eucaristia (…) que todos colaboremos para que cresça nas mexicanas e nos mexicanos o amor à confissão, aos sacramentos, ao matrimônio e à Eucaristia”.
A propósito da pergunta de um casal que contou como defendeu a vida da sua filha, apesar dos conselhos de alguns médicos que lhe sugeriam que se salvasse a mãe – doente de câncer – em lugar do bebê, o Prelado do Opus Dei falou do poder da oração para arrancar de Deus as graças necessárias para viver e felicitou-os, bem como o médico que assistiu ao parto, porque a menina nasceu completamente sã, pela valentia de terem escolhido a vida.
No final do encontro, a orquestra sinfônica do Colégio Cedros e a Preparatória UP interpretou o Huapango de Moncayo. D. Javier Echevarría aproveitou o momento para comentar que, enquanto ouvia, tinha dado graças a Deus, pois todas as circunstâncias são adequadas para fazer oração. Comentou também que os cristãos estão obrigados a cristianizar a cultura em todas as suas manifestações.
Com as notas de “La Morenita” como música de fundo, D. Javier despediu-se dos assistentes, não sem antes pedir as suas orações, dar a sua bênção e rezar pelas famílias e pelas autoridades do México.
