Renata explica que “ter Cristo no centro do meu dia, o dia todo, todos os dias me conduziu a buscar santificar minha realidade e circunstâncias, dentre eles, uma que toca muito a meu esposo e a mim, que é a música e a dança”.

Como tudo começou
São Josemaria gostava muito de cantar, e animava os primeiros jovens da Obra a aproveitar a letra das canções de amor para fazer oração. Dizia de cantava músicas de amor humano de modo divino. “A mim não me assusta o amor humano, o amor santo de meus pais, de que o Senhor se valeu para me dar a vida. Esse amor, eu abençoo com as duas mãos(...). Por isso gosto de todas as canções ao amor limpo dos homens, que são para mim quadras de amor humano em estilo divino” (Entrevistas, n.92).
Para Renata, é muito importante “Fomentar a união dos casados com momentos de diversão, carinho, contato físico, olhar nos olhos; atenção à escolha do perfume; dedicar tempo um ao outro”. E para isso, também ajuda o participar de um programa que não agrada apenas a um, mas ao casal. Foi assim que nasceu o projeto "casal que dança".

“Lembro-me bem: foi em junho de 2023, durante a festa junina do Colégio Mirante em Belém. Assistindo às histórias da escola em uma rede social, apareceram registros da organização do espaço, feitos na véspera da festa, e, em um dos vídeos de 15 segundos, havia um casal amigo tentando passos de forró ao lado da quadra, no meio da organização”.
Então surgiu a ideia: “Vamos sair, só os casais, para dançar?” E depois desta pergunta vieram outras: Quando? Sempre precisamos de planos concretos para sair da teoria. Onde? “Criamos então um grupo no WhatsApp e a primeira reunião foi online, já que o encontro presencial não se concretizava. Assim começou. Definimos a data, o local, a programação; o jantar seria compartilhado, cada casal levaria algo para petiscar; um professor de dança, para ensinar passos básicos de dois ritmos escolhidos previamente; um DJ...” O plano estava pronto...
O evento foi divulgado de forma individual, já que a proposta era ter um momento de diversão para o casal, entre amigos, em um espaço seguro, para proporcionar um tempo de qualidade “em meio às muitas tarefas que temos como casal, pais e profissionais, que atinge o bem grandioso que precisa ser fomentado, mesmo na pressa da rotina e no roubo do tempo que a modernidade impõe: a unidade do casal, o fortalecimento do matrimônio, o crescimento da união do amor humano ao divino”. Os amigos convidados gostaram da ideia e foram chamando outros amigos.

O projeto "casal que dança" já teve três edições, cada uma com um formato diferente, com alguma adaptação ou novidade, para manter o entusiasmo dos casais. Um destaque das duas últimas edições foi a indicação da "música do casal" no momento da inscrição. A música escolhida toca em um momento determinado da festa, e o casal a reconhece imediatamente como sua. Eles se levantam e dançam no centro do salão, em destaque, rodeados de amigos, em um momento só deles. “Nesse momento mágico, cada um só tem olhos para o outro, e a música os leva a um lugar (no coração) ao qual apenas eles dois têm acesso”.
“Ao final, todos vamos embora deslumbrados pela alegria, o esforço físico (muitos dizem que não dançavam há anos), o contato mais próximo com o cônjuge”. Renata tem muita segurança em relação aos benefícios desta atividade, pois afirma que “a beleza das manifestações de amor que podem ser transmitidas ao dançar vai além da harmonia com o ritmo da música; alcança a sintonia dos olhares, dos corpos e das almas”.