Associação de cooperadores: expansão da formação por todo o Brasil

Lúcia e Carlos Gama, juntamente com outras pessoas, formam parte da equipe que coordena a associação de cooperadores do Opus Dei no Brasil. A associação atua como uma ponte entre a Obra e os cooperadores

Lúcia e Carlos Gama, juntamente com outras pessoas, formam parte da equipe que coordena a associação de cooperadores do Opus Dei no Brasil desde o ano passado. A associação atua como uma ponte entre a Obra e os cooperadores, facilitando a sua colaboração com as iniciativas apostólicas, educativas e assistenciais promovidas pela Prelazia, bem como a participação nos meios de formação espiritual. Dessa forma o espírito do Opus Dei chega também às pessoas que moram em cidades onde ainda não começou formalmente o trabalho da Obra.

Os cooperadores são pessoas de todas as etnias, culturas e religiões: católicos e não católicos, cristãos ou não, e também não crentes que, juntamente com os fiéis da Prelazia e outros cidadãos, promovem numerosas iniciativas de caráter formativo e social. A sua colaboração pode ser de caráter espiritual, com orações, ou material, com contribuições econômicas, ou voluntariado em atividades.

O casal conheceu a Obra há muitos anos, quando Lúcia foi convidada para participar de uma aula de formação na casa de uma amiga, cooperadora da Obra, em Itapetininga, no interior de São Paulo.

Ao conhecer um pouco mais sobre as iniciativas sociais promovidas por membros da Prelazia, resolveu tornar-se cooperadora e, cerca de três anos depois, pediu admissão na Obra como supernumeraria. Seu marido, que é engenheiro, também seria cooperador e pediria a admissão alguns anos depois.

“O cooperador é uma pessoa que pode ajudar em todas as atividades”, conta Lúcia. “Eles são muito importantes, por exemplo, para iniciativas sociais e apostólicas promovidas pela Obra. Por muito tempo, a Casa do Moinho, uma escola profissionalizante, foi administrada apenas por cooperadores, inclusive quando já havia certificação oficial. Os cooperadores têm um grande protagonismo nessas atividades formativas e assistenciais”.

Hoje, em São Paulo, os dois se encarregam da comunicação da associação. “A associação pretende ficar próxima dos cooperadores, para eles sentirem que a Obra cuida deles. É uma ferramenta super importante, ainda mais com a pandemia, em que todo mundo usa mais a internet para conhecer os meios de formação”, diz Lúcia.

Além disso, a Associação amplia o conhecimento sobre o trabalho apostólico da Obra para pessoas que ainda não tiveram contato pessoal com algum Centro, inclusive de outros Estados.

“Às vezes as pessoas não sabem com quem falar, e resolvem mandar um e-mail para a associação. A partir dali, temos uma chance de chegar até elas, que frequentemente moram em cidades que ainda não têm Centro da Obra, como Amazonas”, diz Carlos. “Nós passamos seções do site da Obra, em que podem se informar sobre quem é São Josemaria, publicações excelentes para aprofundar na vida espiritual.”

Carlos também conta que os cooperadores podem crescer muito na vida cristã por meio das atividades de formação. “A Obra dá formação para que ele evolua como cristão, e a evolução espiritual nos ajuda a melhorar muito profissionalmente. No meu caso, foi assim. O cooperador é importante para a Obra, mas a Obra também é super importante para ele”, relembra o engenheiro.

O Opus Dei considera os cooperadores “amigos íntimos” da família, e agradece a sua contribuição. “Os cooperadores têm a oração diária de todos os fiéis da Obra, além de todos os meios de formação. Isso é uma riqueza muito grande para cada um”, diz Lúcia.

São Josemaria e os cooperadores

São Josemaria Escrivá – o fundador do Opus Dei – percebeu que o ideal da Obra abrangeria muitos aspectos da vida cotidiana e atrairia muitas pessoas – também não-católicos, e até mesmo não-cristãos – que se identificariam com seu espírito.

“Precisamos de cooperadoras como você, que rezem; de cooperadoras como você, que saibam sorrir”, comentou São Josemaria a uma camponesa peruana, durante uma viagem à América Latina.

Referindo-se àqueles que compartilham ideais de promoção humana com os fiéis do Opus Dei, São Josemaria dizia: “Tenho tantos amigos que não são católicos. Dão-nos um pouco daquilo que, para eles, até agora era necessário; entregam-no generosamente para as obras apostólicas. Dão-nos o seu tempo e uma parte da sua vida”.