A cena à volta do sabor dos chocolates, da empresa do pai de São Josemaria tem alguma coisa de real?

Só em termos gerais. A cena é uma parábola do assunto geral do filme.

Só em termos gerais. A cena é uma parábola do assunto geral do filme. Mostra uma intuição de Josemaria em que há uma verdade que Manolo considera inacessível e, talvez por isso, converte em motivo de troça. E, no entanto, quem está certo é Josemaria e não Manolo. O “pecado” deste não consiste no erro, mas na desconsideração para com o outro.

A situação repetir-se-á mais à frente, na conversa entre Josemaria e Manolo, depois da morte do pai deste, mas nesta ocasião, o que está em questão já não é o sabor de determinado bombom mas algo muito mais importante: o sentido da vida.

O pai de Josemaria Escrivá – José Escrivá – era co-proprietário de uma loja de tecidos chamada “Juncosa y Escrivá” e tinha uma pequena fábrica de chocolate. Joffé mostra a personalidade carinhosa, acolhedora e reta do pai de Escrivá.

Também se revela a confiança com que São Josemaria se movimentava na loja do pai e com os empregados. Mais tarde recordaria como algumas vezes ajudava a contar o dinheiro que se tinha juntado durante o dia.

A personagem de Derek Jacobi, Honório, não existiu na vida real. Trata-se de um modo criativo de anunciar a mensagem que Escrivá descobriria anos depois: o valor sobrenatural do trabalho, uma forma de cooperação do homem com a obra criadora de Deus. Mostra-se, assim, que houve circunstâncias na infância de Josemaria que o prepararam para a luz que receberia no dia 2 de Outubro de 1928.

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    Pergunta de Pedro Lopes - Portugal