“Em 1534, na Inglaterra, exigiu-se de todos os cidadãos que jurassem a Ata de Sucessão, pela qual se reconhecia como verdadeiro casamento a união de Henrique VIII com Ana Bolena. O Rei era proclamado Chefe supremo da Igreja na Inglaterra, negando-se ao Papa qualquer autoridade. João Fisher, bispo de Rochester, e Tomás More, Chanceler do Reino, recusaram-se a jurar a Ata, e foram encarcerados em abril de 1534 e decapitados no ano seguinte.
Num momento em que muitos se dobraram à vontade real, incluídos os bispos, o juramento desses homens teria passado despercebido e eles teriam conservado a vida, os bens e os cargos, como tantos outros. No entanto, ambos foram fiéis à fé até o martírio. Souberam dar a vida naquele momento porque eram homens que viviam sua vocação dia após dia, dando testemunho de fé, às vezes em assuntos que poderiam parecer de pouca ou nenhuma importância.
Thomas More é uma figura muito próxima de nós, pois foi um cristão corrente, que soube compaginar bem a sua vocação de pai de família com a profissão de advogado e mais tarde com a responsabilidade de Chanceler do Reino, logo abaixo do Rei, numa perfeita unidade de vida. Ele se sentia no mundo como se estivesse na sua própria casa; amava todas as realidades humanas que constituíam a trama da sua vida, onde Deus quis colocá-lo. Ao mesmo tempo, viveu um desprendimento dos bens e um amor à Cruz tão grandes que podemos dizer que deles extraiu toda a sua fortaleza e coragem”[1].
São Thomas More, intercessor do Opus Dei em 1954
De acordo com a tradição contínua da Igreja de recorrer à intercessão dos santos, os fiéis do Opus Dei e os membros da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz recorrem a alguns deles de maneira particular. A São Thomas More, concretamente, as relações com as autoridades civis.
São Tomás Moro, intercessor do Opus Dei em 1954
De acordo com a tradição contínua da Igreja de recorrer à intercessão dos santos, os fiéis do Opus Dei e os membros da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz recorrem a alguns deles de maneira particular. A São Thomas More, concretamente, as relações com as autoridades civis.
São Thomas More era especialmente adequado para o papel de intercessor do Opus Dei, tanto por seu prestígio profissional e sua condição de homem de estado, quanto por ser um homem casado e pai de família. Ele viria a ser o único leigo e casado nomeado santo intercessor: o número de canonizados com tais características era então, e ainda é hoje, bastante pequeno. Embora São Josemaria tivesse visto desde o início a presença de fiéis casados no Opus Dei, ele não conseguiu obter a aprovação para admitir formalmente os três primeiros membros supernumerários até 1948. É provável que este fato tenha influenciado, em certa medida, a escolha de São Thomas More como intercessor apenas alguns anos depois.
Se você deseja conhecer melhor a história da escolha de São Thomas More como intercessor dos fiéis do Opus Dei, baixe o e-book “Os intercessores do Opus Dei”, que contém um capítulo sobre o chanceler inglês.
[1] Fernández Carvajal, Francisco, Falar com Deus, 22 de junho, memória de São Thomas More.