“Manhêêê, posso pegar mais uma uva?”.

Aconteceu comigo há pouco tempo. Aneish, nosso filho de três anos, já estava me pedindo esse capricho há vinte minutos... Uma e outra vez. Estive a ponto de perder a paciência, quando lembrei que poderia santificar esse momento. Dependendo de como respondesse ao meu filho, poderia oferecer isso a Deus.

Isso é o que o Opus Dei faz por mim: ensina-me a procurar que cada instante da minha vida cotidiana se componha de pequenas coisas bem feitas. Conhecendo-me como sou, não sei como me comportaria atualmente se não tivesse conhecido o caminho do Opus Dei.

Nesse mês de agosto completei 10 anos como supernumerária do Opus Dei. Considero-me muito afortunada, apesar dos meus defeitos, por ter conhecido a Obra.

O que me atraiu nessa instituição — além dos ensinamentos de São Josemaria, tão surpreendentes, inovadores e inspirados — foi que ela me dava a certeza de que poderia continuar fazendo o meu trabalho e cumprindo o meu papel de mãe. E, além disso, enamorando-me de Deus.

"Há algo de santo, de divino, escondido nas situações mais comuns, algo que a cada um de nós compete descobrir", disse o nosso Fundador. Essa frase, tão simples e ao mesmo tempo tão profunda, é o resumo da sua mensagem principal.

Encontrei na vida de São Josemaria muitos exemplos sobre como viver a minha vida cotidiana e, quando me deparo com alguma coisa à qual não sei como responder, pergunto: "o ele teria feito nessa situação?" E, assim, a luta continua.

A formação cristã que recebo no Opus Dei me deu um caminho sólido para buscar a felicidade junto de Deus, mas ao mesmo tempo me anima a manter a luta para continuar nesse caminho. Com vitórias e derrotas, sempre estou contente porque vejo com clareza qual é o objetivo e Quem é que me ampara.

Nesse mês de agosto dei graças a Deus por esses dez anos... E Aneish, meu filho pequeno, também: porque a luta interior da sua mamãe terminou... Com uma uva e com um sorriso!