“Temos que ser humildes”

Tu tens de obedecer - ou tens de mandar - pondo sempre muito amor (Forja, 629).

Pertransiit benefaciendo... O que fez Jesus para derramar tanto bem, e só bem, por onde quer que passasse? Os Santos Evangelhos transmitiram-nos outra biografia de Jesus, resumida em três palavras latinas que nos dão a resposta: Erat subditus illis, obedecia. Hoje, que o ambiente está cheio de desobediência, de murmuração, de desunião, devemos amar especialmente a obediência.

Sou muito amigo da liberdade, e precisamente por isso estimo tanto essa virtude cristã. Devemos sentir-nos filhos de Deus e viver com o empenho de cumprir a vontade do nosso Pai, de realizar tudo segundo o querer de Deus, simplesmente porque nos apetece, que é a razão mais sobrenatural.

O espírito do Opus Dei, que tenho procurado praticar e ensinar há mais de trinta e cinco anos, fez-me compreender e amar a liberdade pessoal. Quando Deus Nosso Senhor concede a sua graça aos homens, quando os chama com uma vocação específica, é como se lhes estendesse a mão, uma mão paternal, cheia de fortaleza, repleta sobretudo de amor, porque nos busca um por um, como a suas filhas e filhos, e porque conhece a nossa debilidade. O Senhor espera que façamos o esforço de agarrar a sua mão, essa mão que nos estende. Deus pede-nos um esforço, que será prova da nossa liberdade. E para consegui-lo, temos que ser humildes, temos que nos sentir filhos pequenos, e amar a bendita obediência com que correspondemos à bendita paternidade de Deus. (É Cristo que passa, 17)

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