“Senhora, acredite: seu marido é um milagre!”

​Debatendo entre a vida e a morte, numa batalha brutal e frontal. Durante o tempo que durou esta longa batalha, vi a cara da morte. Mas o que houve? Posso contar tudo agora graças ao Bem-aventurado Álvaro del Portillo.

Era domingo, 9 de agosto de 2015, e íamos levar meu irmão de León, onde estávamos almoçando tranquilamente, para Aguascalientes, onde ele mora. Minha esposa, meu irmão e eu saímos pouco antes das 22 horas, em uma caminhonete. No trecho León-Lagos de Moreno, eu estava dirigindo na pista de alta velocidade a cerca de 100 km/h, quando de repente um cavalo saiu do muro de contenção por uma pequena abertura deixada no muro, exatamente quando estávamos passando.

O cavalo bateu na lateral da caminhonete do lado do motorista e a barra do para-brisa bateu no pescoço do cavalo, fazendo com que ele torcesse a cabeça, quebrando o para-brisa e batendo na minha cabeça, destroçando metade do meu crânio (...). Graças a Deus, isso aconteceu em uma reta e meu irmão estava na frente, no banco do passageiro. Então, da melhor forma possível, ele conseguiu dirigir e estacionar a caminhonete.

Levaram-me de ambulância para a clínica mais próxima, que ficava em Lagos de Moreno, onde diagnosticaram “colapso parietal direito, edema cerebral, Trauma Cerebral Grave, NSA Fisher IV e trauma torácico fechado” e tentaram me estabilizar por 11 horas, já que todos os meus sinais vitais eram mínimos. Eu estava morrendo.

Enquanto isso, a notícia do acidente se espalhou entre familiares e amigos. Por isso, desde o primeiro dia, várias correntes de oração se formaram através de grupos de WhatsApp, onde pediam com profunda fé pela minha completa recuperação, por intercessão do Bem-aventurado Álvaro del Portillo, à mesma hora, todos os dias, em diferentes cidades e países.

Devido ao tipo de cirurgia que necessitei com urgência, tiveram que me transferir em outra ambulância para um hospital de León (...). Quando cheguei ao hospital de León, comentaram que tive uma grande crise no caminho e tiveram que me ressuscitar, deixando claro o pior dos prognósticos.

Oito horas de cirurgia, uma semana em coma e duas em terapia intensiva

Chegando ao hospital de León, entrei imediatamente no centro cirúrgico onde fizeram uma craniotomia descompressiva (...). Durante as oito horas que durou a cirurgia, os médicos que iam e vinham apostavam que eu não sairia com vida. E as correntes de oração continuavam com mais intensidade. Após a cirurgia, me deixaram em coma por uma semana e duas semanas em terapia intensiva em observação, para ver se eu despertaria e como despertaria, já que o neurocirurgião que me operou previu muitas sequelas se eu conseguisse despertar, como, por exemplo, comprometimento na mobilidade das pernas e braços, não me lembrar de nada nem de ninguém, incapacidade de falar e escrever etc.

Durante o tempo que estive na UTI recebi a Unção dos Enfermos, muitos familiares e amigos chegaram e encheram as salas de espera e as correntes de oração continuavam com força. Depois de seis dias acordei do coma como se nada tivesse acontecido, com perfeita mobilidade, lembrando de toda a minha família e com fome, mas chateado porque minhas mãos e pés estavam amarrados e não conseguia fazer o sinal da cruz. Saí da UTI e tive que fazer outra cirurgia ocular no dia 27 de agosto de 2015. E as correntes de oração continuavam com muita intensidade.

“Senhora, acredite: seu marido é um milagre!”

Um mês depois do acidente, saí do hospital para continuar minha recuperação em casa, mas com cuidado excessivo, pois tive que dar tempo ao cérebro e à dura-máter craniana (camada protetora do cérebro) para se recuperarem, por isso, durante aquele ano, tive que usar um capacete de bicicleta para proteção e remédio anticonvulsivante, sem poder trabalhar, estudar ou me estressar. E as correntes de oração continuaram com muita intensidade.

O vice-diretor da clínica Lagos de Moreno (onde fui atendido inicialmente), depois de um mês, contatou minha esposa para acompanhar meu caso e, ao saber que eu já havia saído do hospital, que tudo estava indo bem, que não tinha sequelas, ou seja, andava e falava perfeitamente, comentou: “Senhora, acredite: seu marido é um milagre! Seu marido estava na fronteira entre a vida e a morte”.

Corrente de oração pela intercessão do Bem-aventurado Álvaro del Portillo

Finalmente, passado um ano, programaram outra cirurgia no dia 2 de agosto de 2016, onde colocaram (...) uma tela de titânio com uma resina de epóxi por cima (...). E as correntes de oração continuaram com muita intensidade. Correu tudo perfeitamente na cirurgia e em três dias saí novamente do hospital para continuar minha recuperação em casa, e continuei indo ao hospital, mas apenas para exames e acompanhamento com o médico.

Embora não negue que durante todo esse tempo passamos por altos e baixos emocionais, eu estava completamente confiante de que, com a grande equipe de oração que se formou, um dia eu abraçaria plenamente a vitória. E por fim, no dia 8 de setembro de 2018, me deram alta definitiva, então já me deram autorização para retornar às minhas atividades normais, tanto de trabalho quanto de estudo.

Agradeço ao Bem-aventurado Álvaro del Portillo a sua intercessão pela minha completa recuperação, e aos meus familiares e amigos que formaram as correntes de oração desde o primeiro dia para que isto acontecesse. Alguns permanecem vigentes até hoje, pois vendo os resultados extraordinários, continuam agora para pedir por qualquer outro doente, acidentado ou petição especial da família.

J.C.B.C., México