Sou católica, casada, mãe de dois filhos, profissional da saúde e membro permanente da União Apostólica de Famílias de Schoenstatt.

Sou devota de São Josemaria Escrivá, pois ele me ajuda a santificar minha profissão. Conheci-o em 2009, quando um neurocirurgião do Opus Dei que trabalhava na mesma UTI em que eu trabalhava me falou sobre ele.

Gostaria de compartilhar um testemunho.

Em 14 de junho, meu pai foi hospitalizado com pneumonia.

Passou sete dias no quarto do hospital, mas durante esse tempo o seu estado piorou e, em 20 de junho, teve que ser transferido para a UTI. Foram dias muito difíceis; nos recusamos a autorizar a intubação, sabendo que seria um caminho sem volta.

Então, tiveram que colocar uma máscara chamada VNI (ventilação não invasiva) quatro vezes ao dia durante vários dias. Essa máscara é muito desconfortável e algumas pessoas sentem que estão se sufocando. Foram momentos de grande sofrimento para ele: dificuldade respiratória constante e dor intensa na região pulmonar. Foi então que tudo piorou. Ele foi diagnosticado com sepse de origem pulmonar e os médicos nos disseram que, devido à sua idade (89 anos), era um diagnóstico fatal. Falaram-nos de cuidados paliativos e medicação (morfina) combinada com sedação contínua para que ele pudesse morrer com dignidade.

Naquele momento, perdi o equilíbrio e, como profissional de saúde, sabia da gravidade da situação, mas disse que, como cristã, não podia autorizar esse procedimento porque considerava que poderia acabar se tornando uma eutanásia e que, como filha, não suportava a sensação de autorizar sua sentença de morte.

Foi então que, nos intervalos de angústia e sedação, nos breves momentos em que ele dormia, rezei o rosário e naveguei um pouco pela internet.

Eu sigo muitas páginas católicas, incluindo algumas dedicadas a São Josemaria. Em uma delas, li sobre o milagre que levou à sua beatificação. Foi então que comecei a rezar a ele várias vezes ao dia.

Um amigo seminarista concedeu-me a imensa graça de ficar com uma relíquia por alguns dias. Eu a levava ao hospital todos os dias; lá ela permanecia, junto com a Mãe de Deus e seu Santíssimo Filho.

Pedi sua intercessão, implorando a Jesus que libertasse meu pai de seu sofrimento e, se fosse a vontade de Deus, que o curasse.

Nos dias seguintes, comecei a notar melhoras graduais. Um amigo médico me encontrou no hospital e prescreveu medicamentos para tratar sua condição.

Em 2 de julho, conseguiram colocá-lo em uma cadeira após muitos dias na cama.

E em 5 de julho, ele recebeu alta da UTI para o quarto.

Sua hospitalização foi caracterizada por melhoras diárias.

E em 25 de julho, finalmente voltou para casa. Ele ficou hospitalizado em casa, com oxigênio e terminando os antibióticos. No dia 30 de julho, ele terminou os antibióticos e, em 1º de agosto, desligaram o oxigênio, dando-lhe alta.

Ele está bem, agora anda sem ajuda e come com facilidade.

Acredito firmemente que São Josemaria intercedeu pela vida do meu pai.

Um milagre!

M. A. L. L. Brasil