A Natividade de Nossa Senhora

Como dizia S. Josemaria, quando celebramos as festas marianas, e em bastantes momentos de cada dia corrente, os cristãos pensamos muitas vezes em Nossa Senhora. Se aproveitarmos esses instantes, imaginando como se conduziria a Nossa Mãe nas tarefas que nós temos de realizar, pouco a pouco iremos aprendendo: e acabaremos por nos parecermos com Ela, como os filhos se parecem com a sua mãe.

"Exultemos de alegria no Senhor, ao celebrar o nascimento da Virgem Santa Maria, da qual nasceu o sol da justiça, Cristo nosso Deus.".

(Da Missa da Natividade da Virgem Maria)

Nossa Mãe é modelo de correspondência à graça, e, ao contemplarmos a sua vida, o Senhor nos dará luz para que saibamos divinizar a nossa existência de todos os dias. Ao longo do ano, quando celebramos as festas marianas, e em bastantes momentos de cada dia, nós, cristãos, pensamos muitas vezes na Virgem. Se aproveitarmos esses instantes, imaginando como a nossa Mãe se comportaria nas tarefas que temos que realizar, iremos aprendendo pouco a pouco, e acabaremos por parecer-nos com Ela, como os filhos se parecem com sua Mãe.

É Cristo que passa, 173

Maria Santíssima, Mãe de Deus, passa despercebida, como mais uma, entre as mulheres do seu povo.

- Aprende dEla a viver com “naturalidade”.

Caminho, 499

Imitar, em primeiro lugar, o seu amor. A caridade não se limita aos sentimentos: deve estar presente nas palavras, mas sobretudo nas obras.

Como é grande o valor da humildade! - "Quia respexit humilitatem..." Acima da fé, da caridade, da pureza imaculada, reza o hino jubiloso de nossa Mãe em casa de Zacarias:

“Porque Ele olhou a humildade da sua serva, eis que desde agora me chamarão bem-aventurada todas as gerações...”

Caminho, 598

A mais formosa

Os teólogos têm formulado com freqüência um argumento semelhante, destinado a captar de algum modo o sentido desse cúmulo de graças de que Maria se encontra revestida e que culmina com a sua Assunção aos céus. Dizem: Convinha; Deus podia fazê-lo; portanto, fê-lo. É a explicação mais clara da razão pela qual o Senhor concedeu à sua Mãe todos os privilégios, desde o primeiro instante da sua conceição imaculada. Ficou livre do poder de Satanás; é formosa - tota pulchra! -, limpa, pura na alma e no corpo.

É Cristo que passa, 171

No seu coração puríssimo, Maria mostra-se santamente transformada em face da humildade de Deus: O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o santo que de ti nascerá será chamado Filho de Deus. A humildade da Virgem é conseqüência desse abismo insondável de graça que se opera com a Encarnação da Segunda Pessoa da Trindade Beatíssima nas entranhas de sua Mãe sempre Imaculada.

Amigos de Deus, 96

Ama a Senhora. E Ela te obterá graça abundante para venceres nesta luta quotidiana. - E de nada servirão ao maldito essas coisas perversas que sobem e sobem, fervendo dentro de ti, até quererem sufocar, com a sua podridão bem cheirosa, os grandes ideais, os mandamentos sublimes que o próprio Cristo pôs em teu coração. - "Serviam!" - Servirei!

Caminho, 493

Sim, servirás. Persevera e "subirás".

Cfr. Caminho, 991

Decisões firmes

Imitar, em primeiro lugar, o seu amor. A caridade não se limita aos sentimentos: deve estar presente nas palavras, mas sobretudo nas obras. A Virgem não se limitou a dizer fiat, mas cumpriu em todos os momentos essa decisão firme e irrevogável. Assim também nós: quando o amor de Deus nos aguilhoar e soubermos o que Ele quer, deveremos comprometer-nos a ser fiéis, leais, mas a sê-lo efetivamente. Porque nem todo o que diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas o que faz a vontade do meu Pai celestial, esse entrará no reino dos céus.

É Cristo que passa, 173

Ó Mãe, Mãe! Com essa tua palavra - "fiat" - nos tornaste irmãos de Deus e herdeiros da sua glória. - Bendita sejas!

Caminho, 512

Outra queda..., e que queda!... Desesperar-te? Não: humilhar-te e recorrer, por Maria, tua Mãe, ao Amor Misericordioso de Jesus. - Um "miserere" e... coração ao alto! - Vamos!, começa de novo.

Caminho, 711

Quando todos fogem

Era o elogio de sua Mãe, do seu fiat , do faça-se sincero, rendido, posto em prática até às últimas conseqüências, e que não se manifestou em ações aparatosas, mas no sacrifício escondido e silencioso de cada dia.

Vemos a maravilha? Santa Maria, mestra de toda a nossa conduta, ensina-nos agora que a obediência a Deus não é servilismo, não subjuga a consciência; pelo contrário, move-nos interiormente a descobrir a liberdade dos filhos de Deus.

É Cristo que passa, 172

Maria assiste aos mistérios da infância de seu Filho, mistérios, se assim se pode dizer, cheios de normalidade; mas à hora dos grandes milagres e das aclamações populares, desaparece. Em Jerusalém, quando Cristo - montado sobre um jumentinho - é vitoriado como Rei, Maria não se encontra presente. Mas reaparece junto da Cruz, quando todos fogem. Este modo de se comportar tem o sabor - não procurado - da grandeza, da profundidade, da santidade da sua alma.

Procuremos aprender também seu exemplo de obediência a Deus, nessa delicada combinação de escravidão e fidalguia. Em Maria não há nada que lembre a atitude das virgens néscias, que obedecem, mas estouvadamente. Nossa Senhora ouve com atenção o que Deus quer, pondera o que não entende, pergunta o que não sabe. Depois, entrega-se por completo ao cumprimento da vontade divina: Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra. Vemos a maravilha? Santa Maria, mestra de toda a nossa conduta, ensina-nos agora que a obediência a Deus não é servilismo, não subjuga a consciência; pelo contrário, move-nos interiormente a descobrir a liberdade dos filhos de Deus.

É Cristo que passa, 173