Olá, sou a Rebecca. Todos me chamam de Beck. Sou de Wollongong, na Austrália, que fica a cerca de uma hora e meia ao sul de Sydney, e sou a mais velha de seis filhos. Desde muito cedo, tive muito interesse em aprender a cozinhar. Meus pais são católicos. Minha mãe se converteu, meu pai foi criado como católico, e isso certamente foi uma parte importante da nossa vida enquanto crescíamos.
Eu tinha muitos hobbies quando era mais nova: cadetes da marinha australiana, aprendi a velejar. Quando era adolescente, adorava arte, leitura e música. Aprendi sozinha a tocar um pouco de violão, também quando era adolescente. Adoro pintar e desenhar. Acho que me envolver com esses tipos de atividades criativas foi muito bom para mim. Qualquer coisa que fosse um encontro com a beleza.
Descobri uma faculdade de hotelaria numa feira de profissões, na qual me interessei muito porque queria estudar hotelaria e também porque tinham um programa de bolsas de estudo que me interessava muito. Quando me inscrevi nesse programa, precisava de um lugar para ficar enquanto estivesse em Sydney, e eles me colocaram em contato com o centro do Opus Dei como local de acomodação, então pude ficar aqui e fazer o programa na cidade. E esse foi meu primeiro contato com o Opus Dei.
Cada pessoa tem o mesmo valor e dignidade, e a mesma necessidade de ser amada e cuidada
Eu estava um pouco preocupada em entrar no setor de hotelaria, pois tinha percebido, ao fazer um estágio, que algumas áreas do setor podem ter um ambiente um pouco tóxico. Eu não queria me colocar em uma situação que me afastasse de Deus.
Conheci a Obra e tive a oportunidade de trabalhar pela primeira vez no setor hoteleiro, o que acho que abriu os meus olhos. Embora estivesse um pouco preocupada que o setor pudesse afastar-me de Deus, trabalhar no centro do Opus Dei foi aproximando-me cada vez mais do Senhor.
No início, eu observava as outras numerárias auxiliares, seu modo de viver, seu jeito de ser, sua maneira de lidar com as pessoas, e isso me impressionava muito. Eu percebia que essas pessoas estavam realmente se entregando e dedicando toda a sua vida a Deus, e isso era algo que me atraía muito, algo que eu realmente procurava naquela época.
Comecei a perceber que o espírito de serviço que era vivido por todas as pessoas ao meu redor era algo que eu não apenas apreciava, mas algo que eu queria viver. Eu queria ser capaz de cuidar das pessoas da mesma maneira.
Uma grande parte da minha vocação é cuidar das pessoas com quem vivo e das pessoas para quem trabalho. Deus está, de alguma forma, usando-me para amá-las também. Recebo o amor de Deus na forma como elas me amam e sou capaz de transmitir o amor de Deus no meu trabalho e na forma como sou com a minha família.
Não faço o trabalho que faço porque há muita glória ou prestígio. Faço-o porque quero mostrar às pessoas que são amadas, e quando as pessoas experimentam o serviço, o serviço de alguém para com elas, quando aprendem a servir, é como uma participação tangível no amor de Deus por essa pessoa. E esse amor é incondicional. Não importa o que a pessoa fez ou não fez. Cada pessoa tem o mesmo valor e dignidade, e a mesma necessidade de ser amada e cuidada. Acho que precisamos um pouco mais disso no mundo. Acho que as numerárias auxiliares realmente trazem isso.