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Sábado, 20 de janeiro
O prelado do Opus Dei participou numa tertúlia no pavilhão polidesportivo da Universidade de Navarra, à qual assistiram mais de 3.000 pessoas. Mons. Ocáriz começou por recordar o 50º Aniversário da homiliaAmar o mundo apaixonadamente, pronunciada por S. Josemaría no campus da universidade. Na sua opinião, o fundador do Opus Dei sintetizou o conteúdo dessa homilia ao dizer que “há um algo santo, divino, escondido nas situações mais comuns”. Segundo Mons. Ocáriz “esse algo divino é o amor de Deus por nós”.
.Nos cinquenta minutos que o encontro durou, nove pessoas fizeram perguntas para pedir conselho e ânimo para a sua vida cristã. Uma enfermeira da Clínica Universidade de Navarra que atendeu D. Javier Echevarría perguntou como transmitir a paz que D. Javier tinha. Monsenhor Fernando Ocáriz referiu que D. Javier encontrava essa paz na oração, já que “era um homem que rezava muito, continuamente”.
Noutro momento, perante a pergunta de um pai de família sobre como conciliar uma vida profissional intensa com a atenção à sua esposa e filhos, o prelado do Opus Dei sublinhou que “a solução é a ordem, que requer uma hierarquia de valores e obrigações”, sem esquecer que para todos “o mais importante é o tempo que dedicamos a Deus”.
Em resposta a um professor de Filosofia que perguntou como mostrar o atrativo da fé a pessoas não crentes, Monsenhor Ocáriz falou da importância da amizade: “Quando há amizade, ainda que haja conceções profundamente diferentes da vida, o que interessa a um, interessa ao outro. Embora o não compartilhe, interessa-lhe. E esse interesse é já uma semente que se põe no coração e na cabeça das pessoas”.
Um estudante do Colégio Mayor Belagua perguntou pelo próximo Sínodo dos Bispos, que tem como tema central “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Monsenhor Ocáriz explicou que, com essa iniciativa, a Igreja procura animar a que cada jovem se questione acerca da vontade de Deus para ele: a sua vocação. Questionado sobre o individualismo imperante em certos ambientes profissionais, Mons. Ocáriz insistiu na importância de pensar primeiro nos outros, já que “não há um sistema mais seguro para não ser feliz do que preocupar-se só com a própria felicidade. Pelo contrário, preocupar-se com a felicidade dos outros é o caminho para se ser verdadeiramente feliz.”
Após o encontro no pavilhão polidesportivo, o prelado deslocou-se à ermida do campus universitário para rezar diante da imagem de Nossa Senhora do Amor Formoso, uma escultura benzida pelo Papa Paulo VI em 1965. A seguir, visitou alguns doentes na Clínica Universidade de Navarra, e teve um breve encontro com alunos do Colégio Mayor Belagua. Estes entregaram-lhe uma insígnia de honra com a inscrição “23-VIII-1963”, data em que Monsenhor Fernando Ocáriz conheceu pessoalmente S. Josemaría, num curso de verão que teve lugar no colégio maior.
Sexta-feira, 19 de janeiro
«D. Javier Echevarría quis que a Universidade de Navarra estivesse aberta ao mundo inteiro, com o desejo de servir»
Na cerimónia, que teve lugar no dia 19 de janeiro de manhã, intervieram – juntamente com Mons. Ocáriz – o Reitor da universidade, Alfonso Sánchez-Tabernero, o anterior Diretor-geral do IESE, Jordi Canals e a vice-decana da Faculdade de Medicina, Dr.ª Arantza Campo.
Na sua intervenção, a Dr.ª Arantza Campo, que atendeu D. Javier Echevarría, referiu como ele “agradecia do coração todos os cuidados recebidos” e se mostrava sempre “próximo e cordial e, muito frequentemente, com algum pormenor de humor”. O professor Canals referiu-se ao “legado de bom governo” deixado por D. Javier aos que trabalham na Universidade de Navarra e que resumiu em três pontos: sentido de missão, impulso nos projetos, sempre condensado em ações concretas, e uma combinação de visão universal e interesse por cada pessoa. Por seu lado, o Reitor da Universidade de Navarra destacou três aspetos da personalidade do anterior Grande Chanceler: proximidade, magnanimidade e gratidão.
Por último Mons. Ocáriz fixou-se num traço que o seu antecessor, em sintonia com S. Josemaría, desejava para a Universidade de Navarra: “A abertura ao mundo inteiro, com o desejo de servir, de partilhar o melhor que se tem”.
Após a cerimónia académica, o prelado cumprimentou os representantes dos alunos da universidade, a quem deu ânimo para o seu trabalho atual, o estudo, fomentando o companheirismo e sem se isolarem “de forma individualista”.
De tarde Mons. Ocáriz reuniu-se com uma centena de professores e empregados da universidade que ocupam cargos dirigentes. Às perguntas dos presentes, referiu-se a assuntos como a prioridade da pessoa nas decisões de governo, ao fomento da interdisciplinaridade na tarefa universitária e na conveniência de mostrar a identidade cristã da universidade fundada por S. Josemaría em 1952.
A seguir visitou o colégio Izaga, cuja sede atual foi inaugurada há dois anos. Visitou as instalações do colégio e esteve uns minutos com pessoal e famílias do centro educativo. Em resposta a uma questão colocada por uma professora, salientou que a atividade do colégio deve aspirar não apenas a que as professoras, as alunas e as suas famílias cresçam em virtudes ou intelectualmente mas, especialmente, em amor a Jesus Cristo, que “é o que nos faz melhores pessoas, mais capazes de fazer o bem”.
De regresso ao campus universitário, participou numa reunião académica no Edifício das Faculdades Eclesiásticas, na qual felicitou os professores de Teologia pelo 50º Aniversário da sua faculdade. Parafraseando S. Josemaría, Mons. Ocáriz recordou que “a teologia se estuda bem quando a matéria de estudo se faz matéria de oração”. Além disso, animou o coletivo de professores a fazerem o seu trabalho “com entusiasmo pela verdade de Deus e o mistério de Cristo e da Igreja”.
Depois deste encontro, o Prelado teve um encontro com seminaristas no Colégio Eclesiástico Internacional Bidasoa, em que se formam atualmente quase uma centena de estudantes de 24 países.
Mais informação
• Mons. Echevarría alentou a abertura ao mundo e o desejo de servir, segundo o Grande Chanceler, Fernando Ocáriz (Universidade de Navarra)
• O Grande Chanceler recebe uma trintena de representantes de alunos da Universidade.