“É preciso ir a todas as periferias”

Na sexta-feira, 7 de julho, último dia passado em Portugal, o prelado encontrou-se com dois grupos numerosos de pessoas da prelatura, no auditório da Fundação Cupertino de Miranda, no Porto.

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Perante algumas centenas de pessoas Mons. Fernando Ocáriz frisou a necessidade de pôr Jesus Cristo no centro da vida cristã e no núcleo da atitude evangelizadora.

Em todas as situações da vida, “que o nosso modo de reagir seja o modo de reagir de Jesus Cristo”. Mas, como conseguir? “Com a oração, e com a eucaristia, pois na eucaristia transformamo-nos no que recebemos”. Na missa, em cada missa, “realiza-se a redenção do mundo”.

Um dos assistentes perguntou como conseguir que as inevitáveis discordâncias que podem surgir no governo de projectos apostólicos de interesse social não afectem a unidade e a coesão entre as pessoas. O prelado recordou que a unidade é um grande bem, é sinal de vida, e que é sempre bom pedi-la por ser um dom de Deus. Além disso, recordou um conselho de S. Josemaria: “vale mais chegar a uma solução aceitável do que cometer uma falta de caridade”, que, além disso, recorda uma máxima popular: “o óptimo é inimigo do bom”. Nas situações em que se possa pôr em risco a caridade, o melhor é ceder.

Isabel, de cem anos de idade, contou ao prelado que tinha nascido no ano das aparições de Fátima, e que agora só desejava agradecer a Deus pela família que lhe tinha dado: filhos, netos, bisnetos, e um trineto.

Uma aluna de enfermagem perguntou de que modo se podia nessa profissão estar mais perto de Deus. “Que os doentes te vejam sempre contente – foi a resposta -, que dês testemunho da tua alegria. Assim, poderás também falar-lhes de Jesus Cristo, que é a causa da tua alegria”. Com palavras do Papa aconselhou-a a ver “nos doentes a «carne sofredora» de Cristo.”

Gisela tem vários filhos com doenças crónicas e está empenhada em formar uma associação para famílias com situações semelhantes. A ela o prelado aconselhou a olhar para esses filhos como filhos predilectos de Deus, e que agradecesse ao Senhor por tê-los a seu lado.

Outra pergunta centrou-se no apelo do Papa Francisco a chegar às periferias do mundo. Mons. Fernando Ocáriz assinalou que há periferias materiais, as da pobreza, e há as periferias espirituais: a solidão, às vezes solidão dentro da própria família, e a ignorância. “É preciso ir a todas”. Recordou que o Papa Francisco o animou a ele, e através dele a todos na Obra “a cuidar da enorme periferia das classes médias, que vivem à justa, e que às vezes estão muito afastadas de Deus”, sem descuidar as periferias materiais,

Também nestes encontros da tarde, como em todos os que realizou em Portugal, fez eco ao pedido expresso do Papa de que rezemos pela sua pessoa e intenções.

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