Aproveitando o aniversario da partida para o Céu do fundador do Opus Dei, a Telepace quis aprofundar o conhecimento da sua figura e das seus ensinamentos, que –como mostra a reportagem– chegaram até ao distrito de Kiambú, no Quénia.
A 30 quilómetros de Nairobi foi aberto nos anos 80 o Kimlea, um centro de formação inspirado nos ensinamentos do Beato Josemaría, onde se trabalha para aumentar a dignidade das mulheres desse distrito do Quénia. Entre outras coisas, dão-se cursos de nutrição, saúde, alfabetização e cuidado da casa, e também às vezes ajuda-se com algum trabalho com que se possa manter economicamente a família. É o caso de Margaret Nanyama, uma das protagonistas da reportagem "Uma comemoração e um dom". Conhece o Beato Josemaría somente através de fotografias, mas tem-lhe uma grande estima. "Gostaria muito de ir à canonização e rezar onde ele viveu", afirma.
Margaret está habituada a trabalhar no campo 12 h por dia, das 6 na manhã até às 6 da tarde. Recolhe aproximadamente 70 quilos diários de café pelo que recebe um pagamento de menos do que dois dólares. Na sua cidade, situada numa das zonas mais pobres do país, é costume que só os meninos frequentem a escola. "Desde que eu soube do Kimlea –recorda Margaret– decidi aprender a ler e escrever e cozinhar. Foi uma aprendizagem longa. Cozinho "madazi" para vender aos meus colegas, e com isso recebo mais algum dinheiro para ter uma vida um pouco mais confortável com a minha família".
Com as pessoas mais necessitadas
Em África há muitas pessoas necessitadas de ajuda e por isso o Comité organizador da canonização de Josemaría Escrivá quis unir a celebração do dia 6 de Outubro a um novo projecto de solidariedade. Um dos membros do Comité, Carlo De Marchi, explica que "cada um vive a canonização como um momento de alegria, como um presente que tenha recebido. Quando recebemos um presente, a reacção espontânea é o agradecimento. Queremos compartilhar este presente com as pessoas mais necessitadas, por essa razão, sugerimos aos peregrinos que vêm à canonização que dêem um donativo de 5 euros para o «Projecto Harambee 2002»". Com o dinheiro recolhido, serão financiados programas educativos em África.