“Pensar Chile”: congresso universitário sobre políticas públicas

Será verdade que os jovens não têm como influenciar positivamente as decisões públicas do seu país? Essa foi a pergunta que suscitou maior interesse entre mais de cinquenta jovens chilenos que participaram durante um fim-de-semana do congresso universitário.

Professores, pesquisadores e universitários chilenos encontraram-se na Escola Agrícola Las Garzas, a 150 quilômetros ao sul de Santiago do Chile, para participar no congresso “Pensar Chile”, que ocorreu no mês passado.

O Centro de Cultura Universitária Alameda organiza, há quatro anos, uma jornada acadêmica com o propósito de tratar temas de especial relevância pública. Para o congresso deste ano, elegeu-se como tema principal de estudo as políticas públicas.

Nicolás Massmann, estudante de Direito e secretário do Congresso, sublinhou, ao declarar abertos os trabalhos, que “nosso país atravessa nestes últimos anos uma crucial etapa de adaptação do seu aparato estatal e compete aos universitários um papel ativo e entusiasta nestas tarefas”.

Nos variados fóruns e palestras, discutiram-se temas como a superação da miséria, a melhora do sistema de educação pública e a modernização do Estado. Os estudantes compartilharam inquietações e pontos de vista com especialistas do setor público e com personalidades de destaque no âmbito universitário e científico. Deu-se especial importância à busca de soluções políticas concordes ao espírito cristão e à dignidade da pessoa humana.

No fórum econômico, discutiram-se as novas tendências na política econômica e de defesa, bem como a relação entre crescimento demográfico e pobreza, que nem sempre é corretamente interpretada pela opinião pública.

Já o fórum cultural abordou a importância da Universidade na criação de uma cultura cívica e de uma sociedade baseada no direito, sem desprezar o papel do Estado, que não pode esquecer-se da responsabilidade de defender os valores que alimentam a construção de uma coletividade pacífica e solidária.

Abordaram-se também outros temas como as políticas mais eficazes para combater a delinquência e a atuação do Estado junto aos meios de comunicação.

Os assistentes do Congresso também puderam expor trabalhos relacionados às suas respectivas áreas de estudo. Felipe Bernal, estudante de engenharia, ao receber um prêmio por sua contribuição, declarou: “Nós, que temos o privilégio de ser universitários, não podemos esquivar-nos das decisões que influenciam o bem comum da nação”.