Para a frente, com mais amor

Esse desalento, porquê? Pelas tuas misérias? Pelas tuas derrotas, às vezes contínuas? Por uma queda grande, grande, que não esperavas?

Os seus pecados, que são muitos, foram-lhe perdoados, porque amou muito. No entanto, a quem pouco se perdoa, pouco ama.

Lc 7, 36-50

Esse desalento, por quê? Pelas tuas miséria? Pelas tuas derrotas, às vezes contínuas? Por uma baixa grande, grande, que não esperavas?
Sê simples. Abre o coração. Olha que ainda nada se perdeu. Ainda podes continuar avante, e com mais amor, com mais carinho, com mais fortaleza.
Refugia-te na filiação divina: Deus é teu Pai amantíssimo. Esta é a tua segurança, o ancoradouro onde lançar a âncora, aconteça o que acontecer na superfície deste mar da vida. E encontrarás alegria, fortaleza, otimismo... vitória!

Via Sacra, VII estação, n. 2

As verdadeiras biografias dos heróis cristãos são como as nossas vidas: lutavam e ganhavam, lutavam e perdiam. E então, contritos, voltavam à luta.
Lázaro ressuscitou porque ouviu a voz de Deus; e imediatamente quis sair daquele estado. Se não tivesse “querido” mexer-se, teria morrido de novo.
Propósito sincero: ter sempre fé em Deus; ter sempre esperança em Deus; amar sempre a Deus..., que nunca nos abandona, ainda que estejamos podres como Lázaro.

Forja, 211

Não nos enganemos: se na nossa vida contamos com o nosso brio e com vitórias, devemos contar também com desfalecimentos e derrotas. Essa foi sempre a peregrinação terrena dos cristãos, mesmo dos que veneramos hoje nos altares. Lembramo-nos de Pedro, de Agostinho, de Francisco? Nunca me agradaram essas biografias de santos que, com toda a ingenuidade, mas também com falta de doutrina, nos apresentavam as façanhas desses homens como se tivessem sido confirmados na graça desde o seio materno. Não. As verdadeiras biografias dos heróis cristãos são como as nossas vidas: lutavam e ganhavam, lutavam e perdiam. E então, contritos, voltavam à luta.

É Cristo que passa, 76

Regressar sempre, e regressar com mais amor

Não nos deve importar, sempre que seja necessário, fazer o papel de filho pródigo: reconsiderar, pedir perdão com dor sincera, e voltar. Isto agrada ao nosso Pai-Deus, porque Ele bem conhece a massa de que estamos feitos; portanto, voltai sempre, e voltai com amor, que Deus nos espera.

Recordações sobre Mons. Escrivá

Outra queda..., e que queda!... Desesperar-te? Não: humilhar-te e recorrer, por Maria, tua Mãe, ao Amor Misericordioso de Jesus. - Um "miserere" e... coração ao alto! - Vamos!, começa de novo.

Caminho, 711

Tenho repetido muitas vezes aquele verso do hino eucarístico: Peto quod petivit latro poenitens. E sempre me comovo: pedir como o ladrão arrependido!
Reconheceu que ele, sim, é que merecia aquele castigo atroz... E com uma palavra roubou o coração a Cristo e abriu para si as portas do Céu.
Jesus Cristo sempre está à espera que voltemos para Ele, precisamente porque conhece a nossa fraqueza.
Da Cruz pende o corpo — já sem vida — do Senhor. A multidão, considerando o que se tinha passado, regressa batendo no peito (Lc 23, 48).
Agora que estás arrependido, promete a Jesus que — com a sua ajuda — não irás crucificá-Lo mais. Dize-o com fé. Repete uma e mil vezes: Eu Te amarei, meu Deus, porque, desde que nasceste, desde que eras criança, Te abandonaste em meus braços, inerme, fiado na minha lealdade.

Via Sacra, XII Estação, n. 4-5

Tristeza, abatimento. - Não me admira; é a nuvem de pó que a tua queda levantou. Mas basta! Por acaso o vento da graça não levou para longe essa nuvem?
Além disso, a tua tristeza, se não a repeles, bem pode ser o invólucro da tua soberba. - Julgavas-te perfeito e impecável?

Caminho, 260

O cristão não é nenhum colecionador maníaco de uma folha de serviços imaculada. Jesus Cristo Nosso Senhor não só se comove com a inocência e a fidelidade de João, como se enternece com o arrependimento de Pedro depois da queda. Jesus compreende a nossa debilidade e atrai-nos a Si como que por um plano inclinado, desejando que saibamos insistir no esforço de subir um pouco, dia após dia. Procura-nos como procurou os discípulos de Emaús, indo ao seu encontro; como procurou Tomé e lhe mostrou as chagas abertas nas mãos e no lado, fazendo com que as tocasse com seus dedos. Jesus Cristo está sempre à espera de que voltemos para Ele, precisamente porque conhece a nossa fraqueza.

Procuraste desabafar em lágrimas junto do Senhor, e na conversa confiada com um irmão?

É Cristo que passa, 75

A confissão, um colóquio divino

A confissão sacramental não é um diálogo humano, mas um colóquio divino; é um tribunal de segura e divina justiça, e sobretudo de misericórdia, com um juiz amoroso que não deseja a morte do pecador, mas que se converta e viva.

É Cristo que passa, 78

Escreves-me que te chegaste, por fim, ao confessionário, e que experimentaste a humilhação de ter que abrir a cloaca da tua vida - assim dizes tu - diante de “um homem”. - Quando arrancarás essa vã estima que sentes por ti mesmo? Então irás à confissão feliz de te mostrardes como és, diante “desse homem” ungido - outro Cristo, o próprio Cristo! -, que te dá a absolvição, o perdão de Deus.

Sulco, 45

Não penses mais na tua queda. - Esse pensamento, além de pesada laje que te cobre e esmaga, facilmente se tornará ocasião de próximas tentações. - Cristo te perdoou. Esquece o “homem velho”.

Caminho, 262

O pó e a cegueira de certa queda causam-te desassossego, juntamente com pensamentos que querem tirar-te a paz. - Procuraste desabafar em lágrimas junto do Senhor, e na conversa confiada com um irmão?

Sulco, 324