Na Indonésia: vídeo e relato da viagem

De 5 a 7 de agosto, Mons. Fernando Ocáriz esteve na Indonésia, antes de viajar para a Austrália. Oferecemos um vídeo e um texto com um resumo dos encontros com pessoas que recebem formação cristã nas atividades da Prelazia.

Galeria de fotos:

SURABAIA

Sábado, 5 de agosto

Mons. Fernando Ocáriz, Prelado do Opus Dei, chegou ao Juanda International Airport ao entardecer, quando o sol estava se pondo sobre Surabaia, a segunda maior cidade da Indonésia. É a primeira vez que um prelado do Opus Dei pisa terra da Indonésia, o maior arquipélago do mundo com mais de 17 mil ilhas. Percebendo o significado desta ocasião, alguns fiéis do Opus Dei, acompanhados por familiares e amigos, foram ao aeroporto levando faixas coloridas com as palavras “Selamat Datang, Father!” (“Bem-vindo, Padre” em indonésio).

Domingo, 6 de agosto

De manhã, o Prelado foi visitar D. Vincentius Sutikno Wisaksono, que estava hospitalizado. O Opus Dei está na Indonésia, porque Dom Sutikno pediu que a Obra começasse na sua diocese em Surabaia.

Á tarde, o Prelado foi ao seminário diocesano para cumprimentar os seminaristas e sacerdotes, e ficou impressionado ao ver o dinamismo das vocações em um país predominantemente muçulmano.

Pouco depois houve um encontro com mais de 200 pessoas no campus da Widya Mandala Catholic University, na zona de Pakuwon. Mons. Ocáriz foi recebido com uma dança tradicional de Jombang (Java Oriental) chamada Tari Remo Bolet. Com esta dança, é costume dar as boas-vindas às visitas e iniciar eventos.

O prelado disse umas palavras sobre a festa litúrgica do dia, a Transfiguração do Senhor. Animou todos a ter consciência e agradecer as graças que recebemos e disse que tanto o sofrimento como a alegria são expressões do amor de Deus e da Sua presença.

Dois meninos entregaram ao Padre um “blangkon”, um chapéu javanês, símbolo de elegância e de autodomínio.

Budiono, engenheiro civil, fez uma pergunta ao Prelado sobre como santificar o trabalho profissional e transformá-lo em serviço às almas. “É o núcleo dos ensinamentos de São Josemaria Escrivá”, disse o Prelado. “Trata-se de ter presença de Deus enquanto trabalhamos, com a ajuda de um pequeno crucifixo ou de uma imagem de Nossa Senhora sobre a mesa de trabalho. Sob seu olhar, é mais fácil cumprir bem as tarefas que nos foram confiadas e trabalhar servindo aos outros”.

Shelvi, uma jovem mãe de dois filhos, falou sobre o seu negócio de venda de roupa infantis. Católica, convertida do budismo, agora aproveita para estudar a palavra de Deus e ensinar a fé católica aos filhos. O Prelado ficou feliz ao escutar o seu testemunho, e fez notar como Deus distribui a Sua graça de milhares de modos. Animou o público a agradecer sempre a Deus as graças e os dons que concede, mesmo aqueles de que não temos consciência.

A reunião terminou com a execução de uma dança folclórica: Tari Lengang Nyai, originária de um grupo étnico em Java Ocidental, que representa agilidade e alegria.

Por fim, o Prelado pediu orações pelo Papa e pelo Bispo Sutikno.

Dela e George, os primeiros supranumerários de Surabaya, cumprimentaram o prelado, que lhes assegurou suas orações e os lembrou de sempre unirem seus sacrifícios e desafios na vida à cruz de Cristo.

JACARTA

Segunda-feira, 7 de agosto

De Surabaia, o Prelado viajou de avião para a capital, Jacarta. Visitou o Núncio e rezou na capela da Nunciatura Apostólica. Depois, o Padre dirigiu-se ao Hotel Aryaduta Menteng para uma reunião com as famílias.

No início, os participantes cantaram uma música chamada Rasa Sayange ("Amor em nossos corações"). Havia 150 pessoas de várias províncias da Indonésia e das Filipinas, e também do Brasil e Espanha.

O Prelado começou agradecendo a Deus por ter a oportunidade de participar desse encontro e recordou a experiência que São Josemaria havia tido no mesmo dia, 7 de agosto, mas em 1931. Enquanto celebrava a Santa Missa, São Josemaria entendeu o significado das palavras da Escritura “E Eu, quando for elevado da terra, atrairei tudo a Mim” (Jo 12, 32). O Padre explicou que “pôr Cristo no cume de todas as atividades humanas” significa que Lhe oferecemos todas as atividades de um dia comum. Assim, Cristo torna-se o ponto de referência fundamental e torna santas todas as coisas.

Dois dos participantes, Erna e Sunan deram ao padre uma moldura de cerâmica do Bapa Kami (“Pai Nosso”). Outra família presenteou o Padre com uma imagem de Nossa Senhora de Ganjuran, venerada em Java Central.

Tim provém do grupo étnico Malay Dayaks, outrora conhecidos como temíveis caçadores de cabeças. Agora, contou ele, caça almas pacificamente no seu local de trabalho. Perguntou a Mons. Ocáriz como podia mostrar aos amigos que vale a pena procurar a santidade, mesmo que isso exija esforço. O Prelado recordou que “a santidade não consiste em perfeição puramente humana ou na ausência de defeitos. Pelo contrário, é a perfeição do amor. O importante é recomeçar todos os dias em nossa luta para amar a Deus. Esse amor é uma graça. Temos de pedir ao Senhor que aumente a nossa capacidade de amar a Ele e aos outros.

Lucia, cooperadora do Opus Dei desde 1981, manifestou a sua gratidão à Obra e exprimiu como se assombra com o poder da oração. Descreveu como a filha e o namorado estiveram de acordo em frequentar um curso de preparação para o casamento dado por um grupo de supernumerários em Sydney, onde moram atualmente. “Tenha fé de que a oração é sempre eficaz”, disse o Padre. Mesmo que não vejamos resultados, “na oração nada se perde”, continuou.

Chari explicou que é supernumerária, e pediu a Mons. Ocáriz para rezar pelos cursos para casais que ela e o marido, Stefan, organizam na Indonésia. O primeiro grupo de 11 casais completou o curso online, e comentou que este trabalho apostólico foi um impulso para Stefan e ela fortalecerem o seu próprio relacionamento como casal.

Antes de concluir, o Prelado abençoou os presentes: "Que o Senhor esteja em seus corações, em suas famílias, em suas intenções e em suas alegrias", disse.