Guadalupe me encontrou

Ninguém tinha me falado dela, eu não sabia nada sobre ela. Por acaso, eu a encontrei na Internet. Li sua biografia e adorei!

Photo by Bruno Charters on Unsplash

Na primavera de 2018, após anos de tentativas frustradas, fui diagnosticada com uma doença de pele autoimune. A doença piorava continuamente em forma de grandes manchas que ficavam cada vez mais rígidas.

Em junho, comecei um tratamento semanal que foi difícil de suportar. Mas eu não tinha outra opção para deter a rápida progressão da doença. Os médicos disseram que a medicação deveria fazer efeito em dois meses e marcaram um retorno para setembro. Não funcionou, as manchas continuaram aparecendo em mais lugares, as que já existiam aumentaram e a pele ia ficando mais rígida.

No final do verão, voltei à clínica, e os médicos perceberam o que eu já esperava: o tratamento não tinha funcionado. Só havia uma solução a tentar: sessões prolongadas de fototerapia com o risco de efeitos colaterais importantes devido à baixa pigmentação natural da minha pele. Fiquei horrorizada com essa possibilidade.

Por fim, decidimos estender o tratamento por um mês, aumentando a dosagem. Enquanto isso, os médicos providenciavam as sessões de fototerapia.

No fim desse de mês complementar, o medicamento, que estava me causando cada vez mais problemas digestivos, ainda não estava funcionando. Por motivos pessoais de um dos médicos, a revisão foi adiada por duas semanas.

Durante essas duas semanas, não sei como, conheci a Guadalupe. Na verdade, acho que foi ela que me encontrou. Ninguém tinha me falado dela, eu não sabia nada sobre ela. Por acaso, eu a encontrei na Internet. Li sua biografia e adorei!

Guadalupe era professora como eu, apaixonada pelo estudo como eu, e o melhor: ela seria beatificada em maio do ano seguinte. Ela tinha feito as coisas muito bem. Tomei-a como modelo e comecei a ver minha vida de forma diferente.

Esse entusiasmo me levou a confiar minha doença a ela, pedi-lhe que intercedesse junto a Deus para que eu melhorasse. Comecei a novena.

Voltei ao consultório médico numa terça-feira, depois de terminar a novena. Naquele mesmo dia, notei que a mancha maior da minha perna estava completamente flexível, a dureza da pele havia desaparecido. O tratamento tinha funcionado.

O exame médico comprovou, sem dúvida, a remissão do problema, embora tenham me dito que era necessário continuar com esse tratamento por um ano. Em meados de abril do ano seguinte, e tendo em vista a paralisação da doença, a médica decidiu interromper definitivamente a medicação.

Guadalupe conseguiu paralisar a doença e, mais importante, me aproximar de Deus por meio de seu exemplo. Muito obrigada.

M. B. - Espanha


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