Fidelidade ao Papa

“A fidelidade ao Romano Pontífice implica uma obrigação clara e determinada: a de conhecer o pensamento do Papa, manifestado nas Encíclicas ou em outros documentos, fazendo quanto estiver ao nosso alcance para que todos os católicos prestem ouvidos ao magistério do Santo Padre, e ajustem a esses ensinamentos a sua atuação na vida” (São Josemaria, "Forja", 633)

Que sejam um, assim como nós somos um (Jo 17, 11), clama Cristo a Seu Pai; que todos sejam um e, como Tu, ó Pai!, o és em mim e eu em ti, também eles sejam um em nós (Jo 17, 21). Brota constantemente dos lábios de Cristo esta exortação à unidade, porque todo reino dividido em facções contrárias será desolado; e toda a cidade ou família dividida em bandos não subsistirá (Mt 12, 25). Exortação que se converte em desejo veemente: Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; e importa que eu as traga, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor (Jo 10, 16).

Com que acentos maravilhosos pregou Nosso Senhor esta doutrina! Multiplica as palavras e as imagens para que o compreendamos e fique gravada na nossa alma a paixão pela unidade. Eu sou a verdadeira vide e o meu Pai é o agricultor. Todo o sarmento que não der fruto em mim, Ele cortá-lo-á; e todo o que der fruto, podá-lo-á para que dê mais fruto... Permanecei em mim, que Eu permanecerei em vós. Como o sarmento não pode de si mesmo dar fruto se não estiver unido à vide, assim também vós se não permanecerdes em mim. Eu sou a vide e vós os sarmentos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque, sem mim, nada podeis fazer (Jo 15, 1-5).

Não vedes como aqueles que se separam da Igreja, estando às vezes cheios de frondosidade, não tardam em secar e como os frutos se transformam em vermineira viva? Amai a Igreja Santa, Apostólica, Romana, Una! Porque, como escreve São Cipriano, quem recolhe em outro lado, fora da Igreja, dissipa a Igreja de Cristo (São Cipriano, De catholicae Ecclesiae unitate 6; PL 4, 503). E São João Crisóstomo insiste: Não te separes da Igreja. Nada é mais forte do que a Igreja. A tua esperança é a Igreja; a tua salvação é a Igreja; o teu refúgio é a Igreja. É mais alta do que o céu e mais larga do que a terra. Nunca envelhece e o seu vigor é eterno (São João Crisóstomo, Homilia de capto Eutropio, 6).

Defender a unidade da Igreja traduz-se em vivermos muito unidos a Jesus Cristo, que é a nossa vide. Como? Aumentando a nossa fidelidade ao Magistério perene da Igreja: Na verdade, não foi prometido o Espírito Santo aos sucessores de Pedro para que por sua revelação manifestassem uma nova doutrina, mas para que, com a sua assistência, santamente preservassem e fielmente exprimissem a revelação transmitida pelos Apóstolos ou depósito da fé (Concílio Vaticano I, Constituição dogmática sobre a Igreja, Denzinger-Schön. 3070 (1836)). Assim conservaremos a unidade: venerando essa Nossa Mãe sem mancha e amando o Romano Pontífice.

Amar a Igreja, 20

A fidelidade ao Romano Pontífice implica uma obrigação clara e determinada: a de conhecer o pensamento do Papa, manifestado nas Encíclicas ou em outros documentos, fazendo quanto estiver ao nosso alcance para que todos os católicos prestem ouvidos ao magistério do Santo Padre, e ajustem a esses ensinamentos a sua atuação na vida.

Forja, 633

Oferece a oração, a expiação e a ação por esta finalidade: Ut sint unum! - para que todos os cristãos tenhamos uma mesma vontade, um mesmo coração, um mesmo espírito: para que omnes cum Petro ad Iesum per Mariam! - que todos, bem unidos ao Papa, vamos a Jesus, por Maria.

Forja, 647